Decisão foi tomada mesmo depois de deputado pedetista ter sido nomeado para o Ministério da Previdência Social
A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu deixar a base aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão, segundo o líder da sigla, Mário Heringer (PDT-MG), aconteceu após uma decisão unânime entre os parlamentares, tomada em uma reunião nesta terça-feira (6).
Segundo Heringer, o movimento ocorre após insatisfação com perspectivas para as eleições de 2026 e tratamento recebido pelo partido. Na última sexta-feira (2), o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, presidente licenciado do partido, pediu demissão do cargo após a repercussão de um escândalo envolvendo uma fraude milionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O congressista defendeu que o partido não indicasse substituto para o cargo porque avaliava que o Ministério da Previdência “só traz ônus” e que o partido precisava de outra função, por apoiar “fielmente” o governo.
No Senado Federal, o líder da bancada, Weverton Rocha (MA), afirmou que seguir a escolha do partido na Câmara seria um desembarque mais difícil. Rocha deve conversar com as senadoras Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF) sobre o assunto, que compõem a bancada do PDT na Casa. Os três são os únicos parlamentares do PDT no Senado, que tem 81 parlamentares.
Na Câmara dos Deputados o volume é mais expressivo. A sigla tem 17 cadeiras, de um total de 513 deputados.