Volume ficou praticamente estável em relação ao ano passado. Hotéis e rodoviário foram destaque de alta
O setor de viagens corporativas fechou o primeiro trimestre de 2025 com faturamento de R$ R$ 3,179 bilhões, ligeiramente abaixo (0,20%) quando comparado ao mesmo período de 2024, que registrou R$ 3,185 bilhões. O volume de transações no período foi de 2.260.580, comparado a 2.342.641 nos primeiros três meses do ano passado, queda da 3,5%.
Apenas em março, o setor faturou R$ 1,118 bilhão, 0,82% acima de março de 24, cujo resultado foi de R$ 1,109 bilhão. Foram 797.036 transações registradas em março de 2025, contra 780.025 no mesmo mês de 2024, ligeira alta. Os dados são do estudo mensal realizado pela Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) junto a seus associados, que considera 11 setores da cadeia.
“Entendemos que essa pequena variação negativa no trimestre se deveu, principalmente, ao setor aéreo internacional, que refletiu no período a alta de preços das passagens, afetadas pela cotação do dólar”, afirma Douglas Fernandes e Camargo, diretor executivo da Abracorp.
O faturamento com serviços aéreos, que representam, em média 60% do total, caiu 4,7% no trimestre e 4,9% em março, sempre ante iguais períodos de 2024. Segundo o diretor executivo, apesar da redução no aéreo, a expectativa para o ano em faturamento é positiva, com crescimento no setor como um todo entre 5 e 10%.
Dos 11 segmentos avaliados, oito tiveram variação positiva em relação no trimestre ao mesmo período de 2024. Um dos mais relevantes foi o hoteleiro, que representa, em média, quase 30% de todo o setor de viagens corporativas. Hotéis faturaram R$ 969 milhões de janeiro a março de 25, contra R$ 921 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma expansão de 5,15%.
Igualmente, o rodoviário continua em destaque, com aumento no trimestre de quase 30%, fruto da substituição do aéreo pelos ônibus, em função do aumento das passagens aéreas. Para Camargo, “possivelmente em abril teremos uma tendência mais clara para o ano, embora no mês passado, com dois feriados longos, possa ter havido um impacto negativo nos resultados. Com certeza, o segundo semestre, sem feriados longos, deve apresentar bons resultados”.