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Unicamp e Petrobras firmam acordo de R$ 17 mi para startups

Parceria busca transformar pesquisa em negócios e suprir lacuna de deep techs no setor energético nacional

A Petrobras e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) anunciaram nesta quarta-feira (28), em Campinas (SP), um acordo de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) focado na criação e fomento de startups de alta tecnologia no setor energético.

Com duração prevista de três anos e investimento total de R$ 17 milhões, o projeto tem como objetivo estabelecer um modelo nacional replicável para o surgimento de hard techs, startups que unem pesquisa científica avançada e engenharia de ponta.

A parceria envolve importantes unidades da Unicamp, como o Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro), a Agência de Inovação (Inova Unicamp), o Instituto de Geociências (IG) e a Fundação de Desenvolvimento (Funcamp). O acordo foi selecionado na chamada pública 1746/2024 da Petrobras, que integra um movimento maior de fortalecimento da cadeia nacional de fornecedores tecnológicos para os setores de óleo, gás e energia.

Coordenado pelo professor Marcelo Souza de Castro, diretor do Cepetro, o projeto visa desenvolver metodologias para capacitar recursos humanos técnicos e empreendedores em tecnologia energética. “Nosso maior desafio é transformar pesquisa de ponta em soluções práticas para o setor. Se a metodologia se mostrar eficaz, poderá ser adotada em todo o país, ajudando o Brasil a se tornar um polo de desenvolvimento de empresas de tecnologias energéticas”, afirmou o acadêmico.

A iniciativa será integrada aos programas de graduação e pós-graduação da Unicamp, com disciplinas focadas em empreendedorismo tecnológico e gestão da inovação. A expectativa é formar profissionais preparados para liderar empresas deep tech, um segmento ainda dominado por grandes corporações e fornecedores estrangeiros.

Apesar dos elevados investimentos em pesquisa e desenvolvimento no setor energético brasileiro, há um descompasso entre a produção científica e a criação de negócios inovadores. Um levantamento da consultoria Emerge aponta que apenas 5% das cerca de 870 deep techs brasileiras atuam no setor de energia, concentrando-se a maioria em saúde e agricultura.

“O paradoxo de grande investimento e baixa criação de fornecedores nacionais baseados em ciência no setor energético é exatamente o desafio que queremos superar”, destacou o professor Ruy Quadros, do Instituto de Geociências, que ficará responsável pelo mapeamento dos ecossistemas de inovação relacionados ao projeto.

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