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Tamanho do mercado segurou GM no país, indica presidente

O fechamento das fábricas da Ford no Brasil acendeu um sinal de alerta para o risco de outras multinacionais tomarem o mesmo caminho diante da burocracia, da alta carga tributárias e de outras incertezas econômicas. Em entrevista ao Estadão, o presidente da General Motors para a América do Sul, Carlos Zarlenga (imagem), relembrou que há dois anos a montadora quase deixou o país. Entretanto, contou Zarlenga, a GM mudou de ideia devido ao tamanho do mercado brasileiro. “Acredito que ainda vale a pena investir no Brasil”, afirmou. A empresa automotiva retomou recentemente o plano de aplicar R$ 10 bilhões ao longo de cinco anos. A iniciativa, anunciada em 2019, estava paralisada desde março do ano passado, por causa da pandemia. Ao jornal, Zarlenga reforçou a crítica ao sistema tributário brasileiro, que atrapalha a competitividade, na avaliação dele. O presidente da GM também contestou as acusações, feitas inclusive pelo presidente Jair Bolsonaro, de que o setor virou dependente dos subsídios. “Quando falam que a indústria se acostumou com subsídios, eu digo: 45% a 50% de imposto sobre o preço do carro, enquanto nos EUA é 12%, de que subsídio estão falando? O que tem é uma tentativa de chegar a algo um pouco mais perto de ser razoável, mas nem assim, pois o Brasil tem tarifas duas a três vezes maiores que a média de outros países”, destacou. “Dizer que a indústria depende de incentivos e que não melhorou sua produtividade é uma falta de informação. A pressão tributária é asfixiante. Então, a adequação da política fiscal, do tamanho do Estado e a reforma tributária são fundamentais”, acrescentou.

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