Empresa cresceu 12%, com foco no mercado de PCs As a Service
A Simpress, gigante brasileira do outsourcing de TI, fechou o ano de 2024 com uma receita bruta de R$ 1,7 bilhão, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. Embora o número ainda represente um desempenho positivo, a companhia observou uma desaceleração no ritmo de expansão. Em 2023, o crescimento foi de 23%, e entre 2020 e 2023, durante os anos áureos impulsionados pela pandemia, o faturamento quase triplicou.
Ainda que tenha revisado para baixo suas previsões de faturamento — que antes indicavam um salto para mais de R$ 2 bilhões em 2024 — a empresa se destacou pela quantidade de dispositivos sob gestão, com um aumento de 17% no número de aparelhos, totalizando 706 mil unidades. O portfólio da Simpress inclui notebooks, smartphones, impressoras, coletores de dados, desktops, impressoras térmicas e tablets.
A Voke, com mais de 550 mil ativos alugados, e a Arklok, com cerca de 300 mil, são as principais concorrentes da Simpress, mas ainda estão distantes da liderança da gigante.
O outsourcing de equipamentos de TI, segmento que inclui PCs, notebooks, tablets e smartphones, teve um crescimento de 23% em 2024 e se consolidou como o principal motor de crescimento da empresa, que iniciou sua trajetória no mercado de outsourcing de impressão. As novas áreas de atuação já respondem por mais de 40% da receita, um aumento significativo em relação aos 3% registrados antes da pandemia, e 15% no auge da crise sanitária.
Com uma base de clientes de 2,8 mil empresas — incluindo 60 das 100 maiores do Brasil — a Simpress está projetando para 2025 um foco na conversão de investimentos em capital (capex) para despesas operacionais (opex), especialmente no mercado de notebooks e desktops. A empresa vê no setor B2B de PCs uma grande oportunidade, já que apenas 10% deste segmento no Brasil é atendido pelo modelo de outsourcing.
De acordo com o IDC, o mercado de PCs As a Service deve crescer 84% até 2026, saltando de uma demanda anual de 300 a 350 mil unidades em 2023 para 637 mil novas unidades. “Não faz sentido, inclusive financeiramente, para uma empresa comprar um computador ou notebook e precisar gerenciá-lo ao longo do tempo. As vantagens do outsourcing são tão claras que, assim que um cliente adota esse modelo, dificilmente retorna atrás”, afirma Vittorio Danesi (imagem), CEO da Simpress.
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