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Quem é o adolescente criador do drone econômico premiado

Protótipo impresso em 3D é eficiente, personalizável e até 80% mais barato. Projeto chamou atenção do Departamento de Defesa e da Marinha dos EUA por seu potencial em resgates, pesquisas e logística médica

Aos 17 anos, o norte-americano Cooper Taylor está transformando o setor de drones com um projeto inovador – e que acaba de lhe render R$ 120 mil em prêmios financiados pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD).

Taylor desenvolveu um drone de decolagem e pouso vertical (VTOL) capaz de voar longas distâncias como um avião. O diferencial está em seu sistema de motores inclináveis, que permite utilizar os mesmos propulsores tanto na decolagem quanto no voo horizontal, reduzindo significativamente o consumo de energia e os custos de fabricação. Um sistema parecido com o que será adotado em maior escala pelo e-VTOL autônomo da Embraer.

Construído com peças impressas em 3D, placas de controle soldadas manualmente e software desenvolvido pelo próprio estudante, o drone é modular – ou seja, permite a troca de asas, cauda e instalação de instrumentos científicos ou câmeras de forma personalizada.

Captura em vídeo do canal de Cooper Taylor


Inspirado pela frustração com o desempenho limitado do drone de brinquedo da irmã, Taylor começou a pesquisar formas de ampliar a autonomia desses equipamentos. O resultado foi um modelo funcional que, segundo ele, custa apenas um quinto do valor de mercado de modelos similares, podendo alcançar até 105 minutos de voo a 72 km/h. A distância percorrível está limitada pelo sinal do software de GPS, mas em tese fica em torno de pouco mais de 30 km.

A inovação foi reconhecida em importantes feiras científicas. Em abril, Taylor recebeu US$ 8 mil como premiação no Junior Science and Humanities Symposium. Em 16 de maio, ganhou mais US$ 15 mil ao apresentar seu projeto na Regeneron International Science and Engineering Fair, com apoio da Marinha dos EUA.


“Quero que socorristas, pesquisadores ou qualquer pessoa que precise resolver problemas do dia a dia possa ter acesso a esse tipo de tecnologia”, afirmou o adolescente ao Business Insider.

Segundo David Handelman, roboticista da Universidade Johns Hopkins e mentor de Taylor, o protótipo pode atender uma grande demanda reprimida: “É uma plataforma versátil, mas acessível – ideal para quem não pode investir em sistemas grandes ou complexos.”

Taylor trabalha na sétima versão do drone, com o objetivo de torná-lo compacto o suficiente para caber em uma mochila. E neste verão norte-americano, ele dará mais um passo: foi aceito em um programa no laboratório de Sistemas Autônomos Confiáveis do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde desenvolverá um novo projeto de drone.

“Eu realmente amo fazer isso. É muito divertido para mim”, resume o jovem que, aos 17 anos, já pensa como um engenheiro – e está sendo tratado como um.

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