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Para 80%, governo deve desistir de financiar obras no exterior

O emprego de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar parcialmente empresas brasileiras em obras no exterior deve continuar congelado. Assim pensam 80% dos participantes da enquete semanal de MONEY REPORT. Por envolver dinheiro público e empreiteiras, há grande desconfiança da opinião pública com este tipo de operação, que foi criada ainda nos tempos da Ditadura Militar. A sensação geral – compartilhada por MR – é que o banco de fomento deveria jogar suas atenções para obras e serviços que trouxessem benefícios diretos e visíveis aos brasileiros, já que há centenas de grandes projetos de infraestrutura paralisados no país. Em sua vista à Argentina, o presidente Lula afirmou que o BNDES ajudariam a financiar pouco mais de 400 quilômetros do gasoduto de Vaca Muerta. Poucos dias depois, após críticas dos empresários, o ministro da Economia Fernando Haddad afirmou que o gasoduto poderia ser financiado por bancos privados sem problemas, esfriando a questão por enquanto. O temor é que em algum momento Lula abra os cofres brasileiros para ajudar os países vizinhos. Nos últimos 20 anos o BNDES esteve envolvido em operações no Porto de Mariel, em Cuba, rodovias na Colômbia e Panamá, um aeroporto em Moçambique e hidrelétricas na Nicarágua e Equador (no destaque).

A consulta foi realizada entre a sexta-feira (27/01) e a sexta-feira (03/02) e seu resultado não possui valor científico.

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