Primeiro encontro estava agendado para 18 de novembro, mas foi cancelado por falta de quórum
A Oi, que enfrenta um processo de recuperação judicial, marcou uma nova assembleia para aprovar a proposta de agrupamento de ações ordinárias e preferenciais. A reunião deve ocorrer em 1º de dezembro, às 11h, de forma remota. O primeiro encontro, previsto para 18 de novembro, não ocorreu por baixa adesão de participantes. A nova assembleia do início de dezembro será feita independente do número de presentes.
A companhia telefônica quer agrupar as ações ordinárias e preferenciais na proporção de 50 ações para uma. Na época em que anunciou a operação, a ação ordinária da Oi estava cotada a R$ 0,36, enquanto a preferencial valia R$ 0,81. Nesta faixa de preço, cada ação preferencial custaria R$ 40,50 após o grupamento, enquanto as ordinárias custariam R$ 18.
De lá para cá, no entanto, o valor do papeis caiu drasticamente, principalmente por causa de disputas entre a empresa e outras teles sobre o valor a ser pago pelos ativos de telefonia móvel. A assembleia também deve ratificar a contratação da Meden como consultoria responsável pela elaboração dos laudos de avaliação, a valor contábil, dos patrimônios líquidos das empresas BrT Card Serviços Financeiros, Paggo Administradora e Bérgamo Participações, todas controladas pela Oi.
Credores
A empresa anunciou na segunda-feira (21) que contesta o pedido de bancos credores para o bloqueio de contas e prorrogação do processo judicial pelo descumprimento de cláusulas. A Oi afirmou que as solicitações da Caixa, Banco do Brasil e Itaú para o congelamento de R$ 6,9 milhões e a extensão do processo de recuperação não cumprem os termos acordados no aditamento ao plano de recuperação judicial.
Segundo a Oi, uma das cláusulas do documento determinava o desconto de 55% do valor, fechando a conta em aproximadamente R$ 3,1 milhões. A companhia afirma que as condições previstas para o desconto ainda não foram atendidas.