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Mounjaro chega ao Brasil em maio

O preço do tratamento mensal varia entre R$ 1.700 e R$ 2.400

A farmacêutica Eli Lilly está prestes a lançar no Brasil o Mounjaro, medicamento que promete disputar com o Ozempic a liderança no mercado global de tratamentos para obesidade e diabetes. O lançamento ocorrerá até 15 de maio nas dosagens de 2,5 mg e 5 mg, com disponibilidade em farmácias de todo o país. A data exata pode variar dependendo do estado, mas a previsão é de que o produto chegue até essa data.

Embora o portfólio do Mounjaro inclua dosagens de 7,5 mg, 10 mg, 12,5 mg e 15 mg, essas opções ainda não têm data definida para lançamento.

Preços

O preço do tratamento mensal com Mounjaro varia entre R$ 1.700 e R$ 2.400, dependendo da dosagem e da adesão ao programa de fidelidade da Eli Lilly. Cada embalagem contém quatro canetas, suficientes para um mês de tratamento. Os valores variam conforme o ponto de venda, sendo:

  • E-commerce: R$ 1.406,75 (2,5 mg) e R$ 1.759,64 (5 mg)
  • Loja física: R$ 1.506,76 (2,5 mg) e R$ 1.859,65 (5 mg)
  • Preço máximo sem programa de fidelidade: R$ 1.907,29 (2,5 mg) e R$ 2.384,34 (5 mg)

A medicação é importada de uma fábrica da Lilly na Europa. O preço máximo definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), considerando impostos e outros detalhes de precificação, havia sido de R$ 4.058,85.



Aprovação e uso no Brasil

No Brasil, o Mounjaro é aprovado pela Anvisa apenas para o tratamento do diabetes tipo 2. No entanto, o medicamento vem sendo utilizado de forma off label (fora da indicação da bula) também para o tratamento de obesidade. A farmacêutica já submeteu à Anvisa a solicitação para aprovação do medicamento para este fim. Nos Estados Unidos, o Mounjaro já tem aprovação para o tratamento de obesidade.

A Eli Lilly informou que, no futuro, haverá discussões com o Ministério da Saúde para a possível incorporação do Mounjaro ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Medida de retenção de receita

A Anvisa anunciou em 16 de abril que, a partir de junho, os pacientes só poderão adquirir medicamentos como Mounjaro, Saxenda, Ozempic e Wegovy com duas vias da receita médica, sendo uma delas retida pela farmácia. A medida visa reduzir o uso indiscriminado desses medicamentos e é similar ao controle de antibióticos e antidepressivos. A obrigatoriedade da retenção de receita foi bem recebida por médicos, como a endocrinologista Andressa Heimbecher, que acredita que a medida ajudará a combater a automedicação e o uso inadequado desses medicamentos.



Eficácia e mecanismo de ação

O Mounjaro possui como princípio ativo a tirzepatida, uma substância que age de maneira semelhante à semaglutida (princípio ativo do Ozempic), mas com um mecanismo mais potente, acionando dois hormônios (GLP-1 e GIP) ao invés de apenas um. Isso faz com que o Mounjaro seja mais eficaz no controle de peso e no tratamento do diabetes tipo 2.

Nos estudos clínicos, o Mounjaro demonstrou ser mais eficaz que o Ozempic na redução de peso e controle da hemoglobina glicada, um parâmetro importante para o controle do diabetes tipo 2. Sua aplicação é injetável, semanal e subcutânea, com doses progressivas que vão de 2,5 mg a 15 mg.

Efeitos colaterais e acompanhamento médico

Como qualquer medicamento, o Mounjaro pode causar efeitos colaterais, como hipoglicemia, náuseas e incômodos gastrointestinais. O tratamento deve ser feito com acompanhamento médico. A medicação é recomendada para pacientes com sobrepeso e obesidade, e é importante que o uso seja supervisionado por um profissional de saúde para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.

Estudos de perda de peso

Estudos recentes, como um publicado na revista Jama Internal Medicine em julho de 2024, mostraram que a tirzepatida é mais eficaz do que a semaglutida na perda de peso em pacientes com sobrepeso e obesidade. A substância foi associada a porcentagens maiores de perda de peso corporal, e a mais pessoas alcançando perdas significativas em comparação com a semaglutida, princípio ativo do Ozempic. Este foi o primeiro estudo que comparou diretamente as duas substâncias, revelando a tirzepatida como uma opção promissora para o tratamento da obesidade.

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