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Meta comprará energia nuclear para impulsionar IA

Contrato de 20 anos com a Constellation garante fornecimento da usina de Clinton a partir de 2027 e pode viabilizar novo reator

A Meta Platforms, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, assinou um contrato de 20 anos para comprar energia da usina nuclear de Clinton, no estado de Illinois (EUA), a partir de meados de 2027. O acordo com a Constellation Energy, maior operadora nuclear do país, marca um novo capítulo na corrida das gigantes da tecnologia por fontes de energia confiáveis e de baixo carbono, em meio ao avanço acelerado da inteligência artificial.

Segundo comunicado divulgado nesta terça-feira (3), o fornecimento começará quando expirar um subsídio estadual que atualmente mantém a operação da usina. Embora os valores do contrato não tenham sido divulgados, a Constellation confirmou que investirá na ampliação da produção de Clinton e avalia a construção de um segundo reator no local, que já conta com aprovação federal para expansão.

“É um momento lógico para conversarmos com a Meta, e com outros, sobre a potencial construção da próxima geração de ativos”, afirmou o CEO da Constellation, Joe Dominguez. Ele destacou que as conversas estão avançadas e que o suporte de uma grande empresa de tecnologia pode ser decisivo para viabilizar novos investimentos em energia nuclear.

A notícia impulsionou as ações da Constellation, que subiram até 16% no pré-mercado em Nova York. Os papéis da Meta tiveram pouca variação.

A crescente demanda energética de data centers e operações de IA tem levado empresas como Meta e Microsoft a buscar fontes estáveis e livres de emissões. No ano passado, a Constellation anunciou um investimento de US$ 1,6 bilhão para reativar a desativada usina de Three Mile Island, com toda a energia destinada à Microsoft.

O contrato com a Meta é o maior já assinado pela empresa no setor de energia. “Queremos garantir que este local continue sendo um ponto de operação nuclear. Este acordo permite à Constellation pensar de forma criativa sobre como expandir a capacidade aqui no futuro”, disse Urvi Parekh, diretora global de energia da Meta.

A usina de Clinton, com capacidade de cerca de 1.100 megawatts – suficiente para abastecer 1 milhão de residências – esteve ameaçada de fechamento em 2017, quando a antiga proprietária, Exelon Corp., enfrentava dificuldades para competir com o gás natural e fontes renováveis. O cenário mudou com um subsídio estadual de 10 anos, agora prestes a terminar.

Com o fim dos subsídios se aproximando, a Constellation está em negociação com outros potenciais compradores para contratos semelhantes ao fechado com a Meta. Novos anúncios podem ocorrer nos próximos seis a 12 meses, segundo Dominguez.

Paralelamente, a Meta avalia propostas para até 4 gigawatts de nova capacidade nuclear nos EUA, com a expectativa de colocar parte dessa energia na rede até o início da década de 2030. Até agora, cerca de 50 propostas foram recebidas, incluindo da própria Constellation. O acordo de Clinton, no entanto, é visto como uma solução mais imediata para assegurar a estabilidade energética necessária à operação de seus centros de dados.


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