Um levantamento divulgado pela KPMG mostra que o total de fusões e aquisições de empresas com atuação no Brasil caiu 5,5% no primeiro semestre de 2020 na comparação com os mesmos seis meses iniciais do ano passado. Foram 513 operações contra 543. A queda é considerada pouco expressiva diante do cenário de negócios atípicos por causa da pandemia do novo coronavírus. Levando em conta apenas o segundo trimestre deste ano, no auge da crise, o tombo frente igual período de 2019 foi de 20% (228 x 285).
“Os dados evidenciam que o mercado brasileiro está enfrentando os impactos da pandemia com dificuldades, mas também com resiliência. No primeiro semestre deste ano, essas operações sofreram pouca oscilação para baixo”, comentou Luis Motta, sócio-líder da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil. “No entanto, como transações desses tipos demoram meses para serem concretizadas, os impactos da pandemia ainda devem repercutir nos próximos trimestres”, acrescentou o executivo.
Os números consolidados entre janeiro e junho de 2020 revelam o comportamento de cada setor. As empresas de internet ficaram na liderança dos processos e saltaram de 116 para 149 (alta de 28,4%), seguidas por tecnologia da informação (61 operações em cada um dos períodos), real estate (38 para 39, alta de 2,6%), companhias energéticas (29 para 22, queda de 24%), hospitais e laboratórios de análises clínicas (29 para 31, alta de 6,8%), mídia e telecomunicações (24 para 13, queda de 45,8%), alimentos, bebidas e fumo (22 para 19, queda de 13,6%) e serviços para empresas (17 para 20, alta de 17,6%).