As formalizações devem ocorrer no início da semana. Por meio da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD, Agence Française de Développement), cerca de R$ 900 milhões serão destinados para dois projetos de desenvolvimento sustentável, um em Minas Gerais e outro que irá beneficiar moradores do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O governo francês estruturou as duas linhas de crédito como parte de um programa de auxílio para o enfrentamento das consequências da pandemia, mas sem perder o viés da sustentabilidade. Os projetos foram anunciados pelo chanceler da França, Jean-Yves Le Adrian, neste sábado (8). As duas linhas têm prazo de 12 anos para pagamento. As informações são do site do jornal Valor Econômico.
No valor de R$ 450 milhões (70 milhões de euros), o primeiro financiamento da AFD será para obras antienchente em municípios mineiros afetados pelas inundações de fevereiro. O projeto faz parte de uma parceira com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e deve ser assinado na segunda-feira (8).
Praticamente do mesmo tamanho, o segundo projeto deve ser sacramentado no dia seguinte com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que reúne os estados da Região Sul. Os recursos serão pulverizados em projetos que reduzem a emissão de gases de efeito estufa e para a ampliação do uso de energias renováveis, além de investimentos para mitigações e adaptações às mudanças climáticas.
A AFD já participa de um projeto de R$ 244 milhões (38,1 milhões de euros) com a prefeitura de Curitiba para realocação de 1.147 famílias do bairro Novo da Caximba que são atingidas pelas cheias dos rios Iguaçu e Barigui. Serão erguidas obras de saneamento, diques de contenção e aberto um parque linear. Outros projetos em fase preliminar devem envolver a prefeitura de Teresina (PI) e a Agência de Fomento de Santa Catarina (Badesc).