O Magazine Luiza anunciou, nesta terça-feira, a aquisição de duas plataformas focadas em delivery de alimentos prontos: a primeira é a do app ToNoLucro, que se destaca pela atuação em Goiás, Pará e Tocantins, com 5 mil restaurantes cadastrados. A segunda, da plataforma GrandChef, que se destaca pela gestão completa de mais de 3 mil restaurantes em 25 estados.
As aquisições reforçam os planos do Magalu em se tornar um “super app” e seguir os passos do Alibaba, gigante fundada por Jack Ma, avaliada em mais de US$ 500 bilhões. Ainda assim, a companhia não está sozinha nessa missão em território brasileiro – o markeplace Rappi, fundado na Colômbia, também segue o objetivo de reunir diferentes serviços em sua plataforma e se destacou recentemente por voltar a operar com o Grupo Pão de Açúcar.
Nesse sentido, o app colombiano tem uma pequena vantagem no segmento de alimentação (em termos de oferta). O Rappi já oferece aos clientes o delivery de produtos frescos (incluindo a rede de hortifruti Oba, por exemplo) enquanto o app do Magazine Luiza ainda não faz entregas relacionadas a esse segmento.
O foco digital do Magalu não é exatamente novo – ainda assim, o apetite pelo delivery é mais recente. Em setembro do ano passado, foi feita a primeira aquisição nesse setor, a do aplicativo AiQFome, presente em 500 cidades e que processa, anualmente, R$ 1 bilhão em pedidos.
Segundo a empresa, com a aquisição do ToNoLucro, a ideia é ampliar o alcance do AiQFome, expandindo sua operação para Tocantins, Pará e Goiás, além de oferecer novos serviços como a entrega e a maquininha de cartão para os entregadores.
A outra aquisição, da plataforma GrandChef, atende à outra ponta dessa cadeia: a dos donos de pequenos e médios restaurantes. A solução possibilita a gestão completa da operação, incluindo controle de pedidos online offline e a integração com plataformas de delivery.
“Devemos, em pouco tempo, estar brigando pela liderança desse setor”, afirma Galanternick, em comunicado. “O superapp do Magalu será referência na cabeça do brasileiro, quando a fome bater”.
As aquisições acontecem pouco depois de as ações da varejista despencarem na bolsa brasileira. Com fatores como a pandemia, o aumento das restrições de circulação e o auxílio emergencial em valor menor do que o oferecido em 2020, as ações passaram de R$ 25 para R$ 19.
Por Karina Souza e Lucas Agrela
Publicado originalmente em https://exame.com/negocios/magalu-anuncia-compra-de-duas-plataformas-focadas-em-delivery/