A Embraer vai cortar 2,5 mil funcionários, cerca de 15% dos seus 16 mil empregados, devido à grave crise provocada pela pandemia do coronavírus e a não consolidação do acordo com a Boeing – que compraria a divisão de aviação comercial da fabricante. Também pesou na decisão a falta de perspectiva de recuperação do setor aéreo a curto e médio prazos. A empresa anunciou nesta quinta-feira o desligamento de 900 funcionários, que se somam a outros 1,6 mil que aderiram a Planos de Demissão Voluntária (PDVs).
De acordo com a Embraer, os cortes foram realizados com o intuito de assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia. Em agosto, a companhia anunciou prejuízo de mais de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre de 2020, pior resultado trimestral em 20 anos. No semestre, o prejuízo ficou em R$ 2,95 bilhões, sendo que foram entregues apenas quatro aviões comerciais e 13 executivos no período.