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Como a digitalização remodela os pagamentos corporativos

Setor deve movimentar US$ 90 bilhões por ano até 2027

A transformação digital dos meios de pagamento tem redefinido o comportamento financeiro dos brasileiros. Impulsionado por tecnologias como Pix, carteiras digitais e pagamentos por aproximação, o setor está em plena expansão e deve movimentar cerca de US$ 90 bilhões anualmente até 2027, segundo o relatório da Global Payments do Boston Consulting Group (BCG) de 2023. O avanço aponta para um cenário cada vez mais distante do uso de cédulas e até mesmo de cartões físicos.

Embora a digitalização represente eficiência e agilidade, o equilíbrio entre os diferentes métodos de pagamento segue sendo fundamental para o funcionamento do ecossistema financeiro. É o que defende Víctor Papi, diretor de Produto e Receita da Transfeera, fintech que oferece soluções de pagamentos para empresas. “A diversidade de meios é essencial. Cada ferramenta tem suas particularidades e pode ser mais ou menos eficiente a depender do contexto das organizações. No entanto, os cartões apresentam limitações claras, principalmente para empresas, como altas taxas de transação e juros”, analisa.

Entre os principais desafios nas empresas, o diretor destaca a dificuldade de controle e conciliação de despesas com cartões, especialmente em empresas que lidam com múltiplos fornecedores. “A gestão financeira fica comprometida. Apesar disso, o cartão de crédito ainda encontra resistência à substituição, justamente pela possibilidade de parcelamento e uso de um limite com pagamento posterior. Já meios como o débito e o pré-pago tendem a ser substituídos com mais facilidade por outros meios de pagamento”, explica.

Diversificação

O Pix, por sua agilidade, baixo custo e liquidez imediata, tem se consolidado como uma ferramenta estratégica e digitalizada para os negócios. Para o executivo, a adoção dessa tecnologia no dia a dia das empresas pode ser determinante para otimizar o fluxo de caixa. “Reduzir o tempo de compensação e garantir previsibilidade no recebimento de pagamentos é um ganho relevante para a gestão financeira”, afirma o executivo. 

Além do Pix, outras soluções como wallets digitais e blockchain também têm potencial para redesenhar o futuro dos pagamentos. As wallets funcionam como facilitadoras para o consumidor final, ao reunir diferentes formas de pagamento em um único ambiente. Já o blockchain, embora ainda distante de uma adoção em massa no Brasil, pode revolucionar transações internacionais ao eliminar intermediários, reduzir custos e aumentar a transparência e a segurança das operações.

Apesar do avanço das tecnologias, a migração para um sistema de pagamentos 100% digital ainda exige superação de alguns obstáculos. Segundo Papi, a integração com sistemas legados, o treinamento de equipes, a resistência à mudança e as preocupações com segurança cibernética são alguns dos principais pontos de atenção para empresas que desejam se adaptar a esse novo modelo.

“Atualmente, qualquer método de pagamento depende, em alguma medida, de uma conexão digital, o que aumenta a exposição a ataques como phishing, fraudes e falhas sistêmicas. Por outro lado, as soluções digitais oferecem recursos robustos de segurança, como autenticação multifator, criptografia e monitoramento em tempo real, desde que implementadas de forma adequada”, destaca Papi.

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