A empresa de investimentos 777 Partners, sediada em Miami, fechou um acordo de compra para 24 jatos de passageiros Boeing 737 MAX, com opção para mais 60 unidades. Após o anúncio, as ações da empresa subiram 1,6% no pré-mercado em Wall Street, nesta sexta-feira (12). O valor das negociações não foi relevado. O custo unitário estimado de cada unidade, de acordo com a versão, oscila entre US$ 100 milhões e US$ 135 milhões.
A importância do negócio reside no momento delicado da Boeing, que apostou bilhões de dólares no desenvolvimento do MAX, versão de alta tecnologia do consagrado 737. O aparelho apresentou problemas e dois acidentes resultaram em 146 vítimas fatais, entre outubro de 2018 e março de 2019.
O cancelamento de 923 pedidos e a ordem de manter as aeronaves no chão até que as causas dos acidentes fossem elucidadas, seguido pela pandemia, colocou a empresa de joelhos. Em janeiro de 2021, a a justiça americana condenou a Boeing a pagar US$ 2,5 bilhões em indenizações das vítimas e multas por deixar de fornecer informações sobre o projeto.
Após revisões, em maio de 2020 o MAX foi autorizado a voltar a voar. Com apenas 387 aparelhos entregues desde 2014 (dos 4 mil previstos até 2020), agora há também a possibilidade de a Boeing fechar um acordo com a Southwest Airlines envolvendo cerca de 20 737 MAX 7, o menor modelo, com 138 assentos. Em sua maior versão, a MAX 10, transporta 204 passageiros.