Rígida política de zero covid dificultou a operação da empresa de intermediação de hospedagem residencial
O Airbnb planeja encerrar todas as suas listagens na China até este verão, após anos de dificuldades relacionadas à pandemia e aumento da concorrência de empresas chinesas, informou a CNBC – mesmo com previsão de recuperação no setor de hospitalidade.
A empresa de aluguel de temporada de curto prazo removerá todas as listagens de casas e atividades na China, mas manterá um escritório em Pequim com centenas de trabalhadores, noticiou a CNBC, citando fontes não identificadas.
As estadias do Airbnb na China representaram apenas 1% da receita da empresa nos últimos anos, mas a empresa ainda planeja se concentrar em reservar estadias em outros países para viajantes que saem da China.
Bloqueio extenso
Embora o setor de hospitalidade tenha começado a se recuperar do covid-19 à medida que os bloqueios terminam e as preocupações com o vírus diminuem, as operações do Airbnb demoraram a se recuperar na China, onde a rígida política de “zero covid” do governo estendeu os bloqueios.
Além da concorrência, questões regulatórias também pesam na decisão. Na China, o Airbnb enfrenta restrições nas operações devido a normas estipuladas pelo governo. A empresa foi forçada, por exemplo, a assinar acordos com prefeituras locais e a manter todos os seus dados em servidores governamentais.
Outro ponto que pesa são as restrições aos turistas de outros países. O governo chinês mantém as restrições ao turismo internacional que estão em vigor desde o início da pandemia, em 2020.