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Quem é o suspeito de tentar recrutar brasileiros para o Hezbollah

Pagodeiro alega que foi ao Líbano para negociar shows. PF duvida muito de sua versão

O brasileiro preso neste domingo (12) pela Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, por indícios de atuação como recrutador do Hezbollah é um músico e empresário de shows de pagode. Ele foi identificado como Michael Messias (imagem). A Justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias.

Sua prisão faz parte da ação que desde a segunda-feira anterior (6) resultou na detenção suspeitos de arquitetar atentados contra imóveis da comunidade judaica brasileira. Grupo político-militar xiita que atua no Líbano e na Síria sob financiamento do Irã, o Hezbollah é considerado terrorista por diversos países, apesar de não constar como tal na lista da Nações Unidas. A movimentação local do grupo seria uma consequência da escalada do conflito Israel-Hamas, iniciado após o atentado em larga escala lançado a partir da Faixa de Gaza. 

De acordo com a agentes da PF, Messias confirmou que esteve por duas vezes no Líbano. Suas viagens foram pagas pelo sírio naturalizado brasileiro Mohamad Khir Abdulmajid (abaixo), procurado pela Interpol e principal alvo da investigação de ameaça terrorista que desencadeou a Operação Trapiche da PF. Abdulmajid estaria no Líbano, assim como outro compatriota envolvido.

A PF não acredita na sua versão. Messias alegou em interrogatório que foi procurada Abdulmajid para fazer apresentações de pagode no Líbano e negou tanto ter envolvimento com o Hezbollah quanto ter recebido proposta para colaborar com o terrorismo. 

Messias não teria chegado a agir como recrutador de fato nem foi divulgado como atuaria. Ele seria uma espécie de ponte com brasileiros. O trabalho mais operacional e ideológico ficaria com “intermediários recrutadores”. Ligadas a Abdulmajid, eles fariam a negociação entre os interessados em aceitar dinheiro para ajudar as células do Hezbollah. Por sua vez, esses brasileiros não seriam “operadores terroristas”. A funções dos recrutados seriam de logística e levantamentos de inteligência para a prática de futuros atentados, assim como providenciar algum tipo de acobertamento.

As informações sobre a atuação do Hezbollah em solo brasileiro partiram da polícia federal dos Estados Unidos (FBI) e do Mossad, o serviço de espionagem de Israel. O que causa desconfiança entre os analistas de questões do Oriente Médio é uma certa improbabilidade, já que o Brasil mantém lações comerciais fortes com Irã, principal país xiita e maior financiador do Hezbollah. Um atentado em solo brasileiro aumentaria o isolamento político e econômico do Irã.

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Comentários

Uma resposta

  1. Depois do Mossad deixar passar pela fronteira dezenas de palestinos, inventa um pagodeiro terrorista.
    Parece que o Mossad já se perdeu no pagode.
    Tá parecendo um quadro do Jô soares, onde o Brasil

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