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China proíbe banco de usar Labubu para atrair clientes

Autoridades reguladoras vetam campanha do Ping An Bank com brindes colecionáveis; medida busca conter distorções na concorrência e proteger margens em queda no setor financeiro

A partir desta terça-feira (10), autoridades chinesas proibiram bancos locais de oferecer brindes colecionáveis como incentivo para atrair depósitos. A medida, tomada pela Administração Nacional de Regulação Financeira (NFRA), teve como alvo uma campanha do Ping An Bank, que oferecia bonecos Labubu a novos clientes que aplicassem ao menos 50 mil yuans (cerca de US$ 6.960) por três meses.

Os brinquedos, produzidos pela Pop Mart e populares entre jovens colecionadores, especialmente em versões com figuras públicas como Lisa, do grupo K-pop Blackpink, viralizaram nas redes sociais e impulsionaram a campanha do banco. No entanto, a ação foi duramente criticada pela mídia estatal, que classificou a prática como “não sustentável a longo prazo”.

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a sucursal da NFRA em Zhejiang determinou a suspensão imediata das promoções consideradas irregulares, além da remoção de todo o material publicitário relacionado. A medida reforça uma regra vigente desde 2018, que proíbe a captação de depósitos por meio de brindes ou outros “métodos inadequados”.

A decisão surge em um contexto de forte concorrência entre bancos chineses, que tentam manter e atrair novos clientes mesmo diante de quedas nas taxas de juros e margens de lucro cada vez menores. Em maio, grandes instituições financeiras já haviam reduzido as taxas de rendimento para depósitos a prazo, o que pressiona ainda mais bancos menores e médios.

Práticas como a distribuição de eletrodomésticos, cupons de alimentação e assinaturas digitais tornaram-se frequentes nos últimos anos como formas de competir por depósitos. Mas os reguladores agora veem esses métodos como potenciais distorções de mercado, com impacto direto na sustentabilidade financeira do setor.

A NFRA ainda não se manifestou oficialmente. Já o Ping An Bank informou que se tratava de uma ação local de pequeno porte, sem fornecer mais detalhes. Não há confirmação se outras regionais da NFRA aplicarão medidas semelhantes em seus respectivos territórios.

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