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USP entra para o Guiness após descobrir maior lago da terra

Megalago existia há 11 milhões de anos e possuía 2,8 milhões de metros quadrados, aponta pesquisa brasileira

A Universidade de São Paulo entrou para o Guiness Book – o livro dos recordes, por ter descoberto as dimensões do maior lago do mundo. Trata-se do megalago Paratethys, localizdo entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, entre Europa e Ásia, de 2,8 milhões de quilômetros quadrados que se estendia sobre a Eurásia, continente que existia há cerca de 11 milhões de anos. 

Paratethys é estudado há cerca de 100 anos, mas o estudo da USP, publicado em 2021 e liderado pelo paleo-oceanófrago Dan Palcu, foi o primeiro a descobrir que a massa de água era um lago, e não um mar. “Em algum momento, o megalago se desconectou dos oceanos e, isolado no continente por cinco milhões de anos, passou a desenvolver uma fauna e uma flora completamente diferentes”, disse o pesquisador, na época, ao Jornal da USP. 

Os pesquisadores utilizaram uma técnica chamada magneto-estratigrafia, que consiste em “aplicar o registro das inversões de polaridade do campo magnético da Terra nas rochas como ferramenta de datação”, como explica o próprio jornal da USP. A pesquisa foi liderad por Dan Valentin Palcu.

“Durante muito tempo acreditou-se que ali existia um mar pré-histórico, conhecido como Mar Sármata, mas agora temos evidências claras de que durante cerca de 5 milhões de anos este mar tornou-se um lago – isolado do oceano e cheio de animais nunca vistos em outros lugares ao redor do globo”, disse o cientista.

O estudo conseguiu também revelar um pouco mais da história do lago, como períodos de crises hídricas e também por já ter sido o lar da menor baleia já encontrada.

A pesquisa da USP aconteceu em parceria com outras instituições de ensino de outros países, como Universidade de Utrecht, da Holanda; a Academia Russa de Ciências, da Rússia; o Centro Senckenberg de Pesquisa em Biodiversidade e Clima, da Alemanha e a Universidade de Bucareste, da Romênia. O trabalho foi financiado pela Fapesp.

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