As vendas de títulos públicos à pessoas físicas pela internet somaram R$ 2,34 bilhões em junho, divulgou na terça-feira (27) o Tesouro Nacional. O volume do Tesouro Direto é o segundo maior da história para o mês, perdendo apenas para junho de 2019 (R$ 2,68 bilhões).
Os títulos mais procurados foram os vinculados à inflação Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cuja participação nas vendas atingiu 43,4%. Os títulos corrigidos pela taxa Selic, corresponderam a 42,8% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 13,8%.
As recentes altas da Selic voltaram a atrair o interesse dos investidores. Em maio, as vendas desse tipo de papel estavam em 36,3%. Em contrapartida, as vendas de papéis prefixados, que representavam 17,1% em maio, tiveram forte queda. Por causa da pandemia, o Banco Central (BC) tinha diminuído a Selic para 2% ao ano, no menor nível da história. Com os aumentos desde março, os juros básicos estão atualmente em 4,25% ao ano.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 66,35 bilhões no fim de junho, aumento de 2,1% em relação ao mês anterior (R$ 65,01 bilhões) e de 7,4% em relação a junho do ano passado (R$ 61,77 bilhões). Essa alta ocorreu porque as vendas superaram os resgates em R$ 807,1 milhões no mês passado.
Investidores
Quanto ao número de investidores, 501.242 novos se cadastraram no programa no mês passado. Oo acumulado de investidores atingiu 11.495.273. Nos últimos 12 meses, alta de 55,1%. O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 1.558.647, aumento de 20% em 12 meses.
A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas de até R$ 5 mil, que correspondeu a 85,2% do total de 331.827 operações de vendas ocorridas em junho. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 66,2%. O valor médio por operação foi de R$ 5.617,10. A preferência é por papéis de curto e médio prazos. As vendas de títulos com prazo entre 1 e 5 anos representaram 33,9% e aquelas com prazo entre 5 e 10 anos, 52,5% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo representaram 13,6% das vendas.
(Com Agência Brasil)