Os gastos totalizaram US$ 7,3 bilhões em 2024, estabelecendo o maior valor anual em termos nominais desde o início da série histórica em 1995
As despesas de turistas estrangeiros no Brasil alcançaram US$ 7,3 bilhões em 2024, o maior valor anual em termos nominais registrado desde o início da série histórica do Banco Central, em 1995. O montante representa um aumento de 6,3% em comparação a 2023, quando os gastos somaram US$ 6,9 bilhões.
Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (24). O ministro do Turismo, Celso Sabino, celebrou o desempenho em declaração na quarta-feira (22): “Estamos seguros e agarrando todas as oportunidades para mostrar que não se pode passar por este mundo sem antes conhecer o Brasil, conhecer a alegria do povo brasileiro, a culinária, a natureza, a nossa diversidade”.
Incentivo ao turismo internacional
Para reforçar o setor, o Ministério do Turismo anunciou em dezembro o lançamento de parte do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI) 2025. O programa prevê um investimento de R$ 24 bilhões para impulsionar a chegada de visitantes, com foco especial no Nordeste.
Lançado em março de 2024, o PATI conta com a colaboração do Ministério de Portos e Aeroportos e da Embratur. A estratégia inclui a publicação de editais regionalizados para parcerias público-privadas com companhias aéreas e aeroportos, visando melhorar a infraestrutura e aumentar a conectividade aérea.
Apesar dos esforços, o Brasil enfrenta desafios históricos para aumentar o fluxo de turistas estrangeiros. Nos últimos 15 anos, o número de visitantes internacionais variou entre 5 e 6 milhões por ano. A meta atual do governo é atingir 8,1 milhões de turistas estrangeiros até 2027.
Gastos de brasileiros no exterior também crescem
Enquanto os gastos de estrangeiros no Brasil bateram recorde, os brasileiros também ampliaram suas despesas no exterior. Em 2024, o total alcançou US$ 14,8 bilhões, o maior valor desde 2019, antes da pandemia de Covid-19. O resultado representa um crescimento de 2% em relação a 2023, quando somou US$ 14,53 bilhões.
A desvalorização do real frente ao dólar nos últimos anos influenciou a retração das despesas internacionais nos períodos anteriores, mas o movimento de alta em 2024 reflete a retomada gradual das viagens pós-pandemia.