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Setor eletroeletrônico avançou 5% entre janeiro e março

Produção nacional superou 28 milhões de unidades nos três primeiros meses do ano

As vendas da indústria eletroeletrônica mantiveram o ritmo de alta no início de 2025. De janeiro a março, foram vendidoas 28,2 milhões de unidades — um crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram vendidas 26,8 milhões de unidades.

O setor eletroeletrônico iniciou 2025 com desempenho positivo, impulsionado pelo aumento da renda, pela expansão do emprego formal e pelos programas de transferência de renda, que ampliaram o acesso da população aos produtos do setor. Itens de climatização e ventilação, por exemplo, registraram alta na demanda em função das temperaturas elevadas em várias regiões do país.

Apesar desse cenário favorável, a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) avalia que o crescimento poderia ser ainda mais expressivo caso o país operasse com taxas de juros mais baixas. “Boa parte dos nossos produtos é adquirida de forma parcelada, e os juros elevados encarecem o crédito, afastando o consumidor e freando o potencial de crescimento da indústria e do varejo”, afirma Jorge Nascimento, presidente executivo da entidade.

Segundo Nascimento, os efeitos negativos dos juros altos são especialmente sentidos nas linhas de produtos com maior valor agregado. “A Linha Branca, que inclui fogões, máquinas de lavar e geladeiras, é sempre a mais impactada. Mas também sentimos esse impacto em bens de informática, como celulares, computadores e monitores de vídeo”, completa.

A Eletros reforça que há oportunidades reais para o fortalecimento da indústria nacional, desde que acompanhadas de políticas que ampliem o acesso ao crédito e promovam a redução responsável das taxas de juros.

Expectativas

As projeções da Eletros para 2025 são positivas, mas com a devida cautela. O setor espera encerrar o ano com um crescimento entre 5% e 10% em relação a 2024, o que representa uma trajetória consistente, especialmente considerando que a comparação se dá sobre uma base elevada. “Quando analisamos um desempenho sólido como o de 2024, projetar uma nova expansão é sinal de maturidade e consolidação. O setor segue como um termômetro relevante da economia real”, avalia Nascimento

O segundo trimestre avança em meio a desafios macroeconômicos importantes, entre eles a manutenção da Selic em patamares ainda elevados. “Os juros altos dificultam o acesso ao crédito e impactam o consumo de forma geral. Linhas de maior valor agregado, como a de Linha Branca — que inclui fogões, geladeiras e máquinas de lavar — acabam sendo mais sensíveis a esse cenário”, pondera o executivo.

A competitividade do setor também depende de avanços estruturais, como o acesso a insumos mais eficientes e a custos mais competitivos. Isso permitirá à indústria oferecer produtos cada vez mais acessíveis e inovadores ao consumidor brasileiro.

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