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Setor de serviços cresce 3,1% em 2024

É o quarto ano consecutivo de expansão

O setor de serviços no Brasil registrou um crescimento de 3,1% em 2024, marcando o quarto ano consecutivo de expansão, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho do setor foi impulsionado pela robustez do mercado de trabalho e pelo aumento da renda, fatores que contribuíram positivamente para a economia nacional.

Desempenho mensal e anual

Apesar do crescimento no acumulado do ano, o volume de serviços apresentou queda de 0,5% em dezembro na comparação com novembro. Na comparação anual, no entanto, houve um avanço de 2,4% em relação a dezembro de 2023. Em novembro, o setor já havia registrado um recuo de 0,9% frente ao mês anterior.

A expectativa do mercado, segundo pesquisa da Reuters, era de uma alta mais modesta, de apenas 0,1%. No entanto, ao longo do ano, o setor demonstrou resiliência, sustentado pelo dinamismo do mercado de trabalho e pelo crescimento da renda das famílias.

Setores em destaque

Entre os segmentos que mais contribuíram para o crescimento do setor em 2024, destacam-se os serviços de informação e comunicação, além dos serviços profissionais, administrativos e complementares, ambos com alta de 6,2% no ano. Segundo Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE, os destaques nos serviços profissionais foram o crescimento da receita com publicidade digital, aumento do recebimento de precatórios e a intermediação de negócios por meio de plataformas de e-commerce.

Na contramão da tendência positiva, o setor de transportes apresentou retração de 0,7%, impactado pela queda na receita do transporte rodoviário de cargas. A safra menor em 2024 resultou em menor demanda por fretes, afetando diretamente o segmento.

Tendência de desaceleração

Apesar do bom desempenho ao longo do ano, os últimos dois meses de 2024 registraram uma queda acumulada de 1,9%, sinalizando uma possível desaceleração do setor. A política monetária restritiva, com a taxa básica de juros Selic em 13,25%, pode ter contribuído para a redução da demanda por serviços nos meses finais do ano.

Segundo o economista Rafael Perez, da Suno Research, a expansão do setor foi favorecida pelo aquecimento do mercado de trabalho e pelo fortalecimento do consumo das famílias. No entanto, ele alerta para os sinais recentes de enfraquecimento, citando a perda de confiança do consumidor e a desaceleração da economia brasileira como fatores que podem impactar o setor em 2025.

Resultado por segmento em dezembro

No último mês do ano, três das cinco atividades pesquisadas apresentaram retração no volume de serviços. O grupo “outros serviços” registrou a maior queda, com recuo de 4,2%, a mais intensa desde janeiro de 2023. Os segmentos de serviços profissionais, administrativos e complementares e de informação e comunicação também apresentaram queda de 0,7% cada.

Em contrapartida, o índice de turismo cresceu 2,8% em dezembro em relação ao mês anterior e acumulou alta de 3,5% ao longo do ano, refletindo uma retomada consistente do setor.

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