O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica, sem impostos e frete”, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação, avançou 3,36% em janeiro de 2021 frente a dezembro de 2020. A taxa é bem maior que a apresentada na passagem de novembro para dezembro, de 0,39%, e representa a segunda maior alta da série histórica, iniciada em janeiro de 2014, atrás apenas de outubro de 2020 (3,41%). Com o resultado, o acumulado dos últimos 12 meses alcançou 22,96%.
Conforme os dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo IBGE, todas as 24 atividades tiveram elevação de preços em janeiro, contra 17 em dezembro. O destaque ficou para o setor das indústrias extrativas, que registrou a maior alta (10,70%) e também foi a maior influência no resultado geral (0,59 ponto percentual).
Outra atividade que teve expansão destacada na pesquisa foi metalurgia, a segunda maior (6,10%) do mês e a terceira em influência (0,40 ponto percentual). Segunda em influência (0,45 p.p.) e terceira maior alta no geral, a atividade de refino de petróleo e produtos de álcool (5,30%) teve seu resultado ligado aos produtos derivados do óleo bruto de petróleo, como gasolina e o óleo diesel.
Já os alimentos voltaram ao campo positivo (1,26%) em janeiro, depois de uma variação de -1,05% em dezembro, pressionados principalmente cadeia de soja. Os preços da commodity estão elevados no mercado externo.