Pesquisa da Fipe/Buscapé revela que o preço do aparelho subiu mais que a inflação, impulsionado pelo calor atípico
O verão de 2023 foi marcado por temperaturas elevadas em todo o país. Essa demanda por climatização, aliada a problemas na cadeia de suprimentos, gerou um aumento significativo no preço dos ar-condicionados, de 25,7% no último ano — de fevereiro de 2023 a janeiro de 2024, segundo o indicador Fipe/Buscapé de Eletroeletrônicos.
O crescimento no valor do produto ficou acima do índice inflacionário do período, cujo acumulado ficou em 4,51%, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), medido pelo IBGE.
Para Sergio Crispim, pesquisador da Fipe, o crescimento no preço do ar-condicionado se deu pelo desequilíbrio entre demanda e oferta, por causa do calor atípico. “Até agosto de 2023, as variações anuais já eram positivas. A partir de setembro, houve uma escalada ainda maior nos preços, que tiveram o pico anual de 25,7% em janeiro deste ano”, explicou.
De acordo com a OMM (Organização Meteorológica Mundial), 2023 foi o ano mais quente dos últimos 174 anos. Registrou-se aumento de 1,4 °C na média mundial. No Brasil, as temperaturas ficaram acima da média histórica em 4 meses seguidos:
- julho;
- agosto;
- setembro;
- outubro.
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