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PIB recua 1,2% em abril, aponta FGV

Queda na atividade econômica é atribuída à diminuição da produção de soja e desafios persistentes na economia

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou uma queda de 1,2% em abril em comparação a março, de acordo com o Monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e divulgado nesta terça-feira (20). Em contrapartida, houve uma expansão de 3% na atividade econômica em relação a abril de 2022.

O Monitor do PIB antecipa as tendências do índice econômico principal com base nas mesmas fontes de dados e metodologia utilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, destaca que a queda de 1,2% em abril não deve ser interpretada de forma pessimista, uma vez que o desempenho econômico elevado observado nos primeiros meses do ano foi impulsionado pela produção de soja. Segundo ela, a colheita da soja, que tem grande influência nos resultados positivos, concentra-se principalmente no primeiro trimestre, indicando uma redução esperada da produção a partir do segundo trimestre.

Embora a volatilidade característica do setor agropecuário esteja refletindo na atividade econômica como um todo, os desafios do país permanecem os mesmos, de acordo com a coordenadora. Altas taxas de juros e um menor impulso esperado para o setor de serviços em comparação ao ano anterior continuam sendo os principais obstáculos para a economia.

O consumo das famílias apresentou crescimento de 2,9% no trimestre móvel encerrado em abril, mas há uma tendência de redução dessa taxa desde o final de 2022. A FGV destaca que o consumo de serviços é o principal componente que explica essa tendência declinante, pois, apesar de ser o segmento de consumo que mais cresce, tem perdido força desde o início de 2023.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve um aumento de 0,3% no trimestre móvel terminado em abril, impulsionada pelo crescimento do segmento de construção e outros setores. No entanto, a FGV observa que as máquinas e equipamentos explicam o desempenho fraco da FBCF, com uma retração de 3,1% nessa comparação, principalmente devido ao segmento de caminhões e ônibus.

No que diz respeito ao comércio exterior, as exportações de bens e serviços tiveram um crescimento de 4,8% no trimestre móvel encerrado em abril, com destaque para os produtos da extrativa mineral, agropecuária e serviços. No entanto, as exportações de produtos industrializados, como bens de consumo, bens de capital e bens intermediários, tiveram uma contribuição negativa ou praticamente nula.

Por outro lado, o total das importações aumentou 3,5% no trimestre

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