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Petrobras deve retomar produção de fertilizantes no Paraná

A expectativa dos petroleiros é que a retomada de operação seja aprovada nesta quarta-feira

A Petrobras está prestes a aprovar a reabertura da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados (ANSA), no Paraná. A decisão final deve ser tomada em reunião da diretoria executiva da estatal na quarta-feira (17).

A retomada da produção de fertilizantes é uma demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atende a uma necessidade crucial do agronegócio brasileiro, que depende em grande parte da importação desses insumos.

A unidade localizada no Paraná está sem produzir desde 2020 e fez parte dos planos de venda da companhia na gestão de Jair Bolsonaro (PL), mas sem sucesso. Na atual gestão, foram contratados estudos de viabilidade técnica e financeira para a retomada. Esses relatórios agora passarão pela análise pela diretoria executiva e pelo Conselho de Administração da Petrobras.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) cobra da Petrobrás urgência na reabertura. Segundo o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, a reabertura da fábrica tem que ocorrer juntamente com a recontratação de trabalhadores.

Com o fechamento da unidade, cerca de mil empregados perderam seus postos de trabalho, sendo 400 empregados diretos e 600 indiretos. Bacelar participou na segunda-feira (15) de audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o assunto.

“Não conseguimos entender a demora em retomar a unidade. O Brasil é um grande produtor agrícola, precisa diminuir a dependência sobre a importação de fertilizantes nitrogenados”, afirmou Bacelar“Mais do que ser importante para a economia, com geração de emprego e renda da região, a reabertura tem relação com a segurança alimentar da população”,

O Brasil é atualmente o 4º maior consumidor de fertilizantes do mundo e importa 85% do que utiliza. De acordo com estimativa da FUP, a reabertura da fábrica no Paraná, a retomada das unidades arrendadas na Bahia e em Sergipe e a conclusão das obras da fábrica de Três Lagoas (MS) podem reduzir para 35% as importações do insumo nitrogenado.

Motivos para o fechamento

Em 2020, a alegação da Petrobras para fechar a fábrica era que a unidade vinha operando com prejuízos desde sua aquisição em 2013, acumulando um déficit de quase R$ 250 milhões apenas entre janeiro e setembro de 2019.

Segundo a empesa, os estudos realizados indicavam que a ANSA não era um negócio sustentável no longo prazo. A baixa competitividade do mercado, aliada à alta volatilidade dos preços dos insumos e produtos, inviabilizavam a continuidade das operações.

Vale ressaltar que a ANSA tinha capacidade de processar cerca de 1.900 toneladas de ureia e 1.300 toneladas de amônia por dia, insumos essenciais para a produção de fertilizantes agrícolas. A matéria-prima para essa produção era o resíduo asfáltico, proveniente da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), outra unidade da Petrobras localizada na mesma cidade.

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