Dados divulgados nesta segunda-feira (12) pela Serasa Experian mostram que foram feitos 95 pedidos de falências no país em março de 20211 – um aumento de 58,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. A alta foi impulsionada principalmente por empresas de serviços (57), mais afetadas pelos efeitos da crise do novo coronavírus, seguidas por indústria (22) e comércio (15). Na comparação com fevereiro deste, houve um avanço de 13,1%. Na análise por porte, as microempresas continuam à frente (46) das médias (27) e grandes (22).
Para Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o cenário acompanha o crescimento da inadimplência das empresas, indicativo das dificuldades enfrentadas durante a pandemia. “Muitos negócios não conseguiram se manter neste período de distanciamento social e acabaram recorrendo ao pedido de falências para quitar as dívidas com os credores”, observou. “O grande volume em serviços é um reflexo do fechamento de restaurantes, cinemas, teatros e outras atividades por conta da pandemia”, acrescentou.
Levando em consideração as requisições de recuperação judicial, o estudo captou uma queda nos dois comparativos. Na análise anual, a redução foi de 4,9%. Já no comparativo entre março e fevereiro deste ano, a variação negativa foi de 13,3%.