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Nova York enfrenta escassez histórica de imóveis para alugar

Disponibilidade de apartamentos atinge menor nível em meio século, pressionando preços e dificultando acesso à moradia para residentes de baixa renda

O número de imóveis para alugar em Nova York despencou para o menor nível em mais de 50 anos, segundo um relatório divulgado pelo departamento de habitação da cidade. A pesquisa, realizada a cada três anos desde 1965 em colaboração com o Censo dos Estados Unidos, aponta para um cenário preocupante: a escassez de moradias disponíveis está pressionando os preços para cima e dificultando cada vez mais o acesso à moradia para os residentes de baixa renda.

O índice de vacância, que mede a proporção de apartamentos desocupados, caiu de 4,54% em 2021 para 1,4% em 2023, o menor nível desde 1968. Apesar do crescimento de 2% no parque habitacional líquido da cidade (cerca de 60 mil unidades), a demanda por moradias continua superando a oferta, resultando em uma escassez de imóveis disponíveis.

Apenas 33 mil dos cerca de 2,3 milhões de apartamentos da megalópole estavam disponíveis para locação entre janeiro e junho de 2023, período em que foi realizada a pesquisa. O mercado mais impactado é o de imóveis com aluguéis inferiores a US$ 2,4 mil (R$ 12 mil), onde a taxa de vacância é de apenas 1%.

“Os dados são claros: a demanda para morar em nossa cidade ultrapassa em muito nossa capacidade de construir moradias”, declarou o prefeito de Nova York, Eric Adams, na apresentação do relatório. A cidade precisa de cerca de 275 mil novas moradias para atender à demanda atual, e especialistas estimam que um índice de vacância entre 5% e 8% é necessário para um mercado fluido.

No entanto, obstáculos regulatórios, como restrições de zoneamento e leis de controle de aluguel, impedem a construção de novas moradias e dificultam a conversão de imóveis comerciais em residenciais. Um relatório de 2022 encomendado pelo grupo Real Estate Board of New York indica que a cidade precisa de 560 mil novos imóveis até 2030 para acompanhar o crescimento demográfico previsto.

Sem investimentos públicos e mudanças nas políticas habitacionais, a escassez de moradias em Nova York tende a se agravar, com graves consequências para os residentes de baixa renda. O relatório destaca a necessidade de medidas urgentes para aumentar a oferta de moradias acessíveis e garantir que todos os nova-iorquinos tenham um lugar digno para viver.

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