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Moody’s eleva rating do Brasil a Ba1

Agência destaca crescimento robusto e reformas como fatores de melhoria no perfil de crédito, com expectativa de estabilização da dívida no médio prazo

A agência de classificação de risco Moody’s anunciou a elevação do rating do Brasil de Ba2 para Ba1, mantendo uma perspectiva positiva para o país. A atualização é um reflexo das melhorias significativas no perfil de crédito brasileiro, que a agência acredita que devem se manter nos próximos anos.

Em comunicado, a Moody’s destacou que o Brasil tem apresentado um crescimento econômico mais robusto do que o inicialmente projetado e um histórico crescente de reformas que têm fortalecido a resiliência do seu crédito. A agência, no entanto, observou que a credibilidade do atual arcabouço fiscal ainda é considerada “moderada”.

“Um crescimento mais sólido e uma política fiscal que respeite consistentemente as diretrizes do arcabouço permitirão que a carga da dívida se estabilize no médio prazo, mesmo que em níveis elevados”, afirmou a Moody’s.

A agência projetou que, na ausência de choques externos, a conformidade com o arcabouço fiscal permitirá que a dívida do país se estabilize em torno de 82% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos. “Apesar da elevada carga de dívida, a solidez fiscal do Brasil é apoiada por um extenso mercado interno, que permite ao governo emitir predominantemente em moeda nacional, além de possuir ativos líquidos significativos, cerca de 15% do PIB”, acrescentou.

A Moody’s acredita que a economia brasileira continuará a crescer de forma abrangente, impulsionada pela demanda interna e por um mercado de trabalho relativamente forte.

Em maio, a agência já havia alterado a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva, ressaltando que um crescimento vigoroso aliado a um progresso gradual na consolidação fiscal poderia contribuir para a estabilização da dívida.

Após o anúncio, o Tesouro Nacional reafirmou o compromisso com a melhoria contínua dos resultados fiscais, enfatizando a necessidade de aumentar a arrecadação e controlar gastos. “Além de estabilizar a relação dívida/PIB, um balanço fiscal mais sólido contribuirá para a redução das taxas de juros e melhoria das condições de crédito, criando um ambiente propício para a expansão dos investimentos, tanto públicos quanto privados”, declarou o Tesouro.

Com a recente elevação do rating, o Brasil se aproxima do grau de investimento na avaliação da Moody’s, que categoriza as notas de crédito da seguinte forma:

  • Grau de Investimento
    • Aaa – “gilt edged” – O mais alto grau
    • Aa1, Aa2, Aa3 – grau alto
    • A1, A2, A3 – grau médio-alto
    • Baa1, Baa2, Baa3 – grau médio

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