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Monitor do PIB-FGV de outubro cresceu 0,6%

Em outubro, o Monitor do produto interno bruto da Fundação Getúlio Vargas (PIB-FGV) registrou alta de 0,6% na atividade econômica na comparação com setembro. No primeiro trimestre móvel, encerrado em outubro, a variação ficou em 6,4% em relação ao período entre maio e julho. O indicador, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), na comparação interanual, a economia teve queda de 2,7% em outubro e de 3,1% no trimestre entre agosto e outubro. Em valores correntes, no acumulado do ano até outubro, o PIB alcançou aproximadamente R$ 6,111 trilhões.

O coordenador do Monitor, Cláudio Considera, afirmou que o forte crescimento de 7,7% da economia brasileira no 3º trimestre, reverteu, em parte, a forte retração de 9,7% registrada no período anterior. Apesar disso, o economista, vê essa evolução não teve continuidade em outubro, mês que apresentou a menor taxa mensal desde a forte retração de abril.

Famílias

O consumo das famílias recuou 4,4% entre agosto e outubro, em relação ao mesmo período de 2019. De acordo com o indicador, desde a histórica queda de 12,2%, no segundo trimestre, o consumo segue com tendência ascendente, apesar de ainda registrar variações negativas. Esse comportamento se deve principalmente ao desempenho do consumo de bens, uma vez que o consumo de serviços, tem recuperação mais lenta com taxas menos negativas desde o resultado do segundo trimestre.

Exportação

Os embarques de bens e serviços caíram 6,5% de agosto a outubro, se comparado ao mesmo trimestre de 2019. “Praticamente todos os componentes retraíram nesta comparação. A única exceção foi a exportação de bens de consumo que cresceu 21,1%, impulsionada pela exportação de bens de consumo não duráveis que cresceram 26%, neste trimestre”, informou a análise. O volume total exportado de bens e serviços teve queda de 9,5%, mas dois segmentos apresentaram crescimento: bens de consumo (21,1%) e bens de capital (5,1%). A maior queda foi na exportação de produtos agropecuários (-27,4%), seguida da exportação de serviços (-22,9%).

Importação

A importação recuou 23% no trimestre móvel terminado em outubro, em comparação ao mesmo período de 2019. Conforme a análise, apesar de muito negativa. Na importação, o único componente a crescer foi o de produtos agropecuários (1,2%). De acordo com o Ibre, as fortes quedas de bens intermediários (-15,6%) e dos serviços (-34,9%) explicam a maior parte dessa retração, mesmo que os bens intermediários estejam apresentando trajetória ascendente enquanto a importação de serviços continua em desaceleração. Na comparação interanual, todos os segmentos da importação apresentaram retração em outubro. Os mais expressivos foram o da importação de bens de capital e o de serviços.

(Com Agência Brasil)

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