Apesar de nova regra que limita cobrança a 100% da dívida, taxa continua entre as mais altas do mercado; cheque especial recua para 134,2%
A taxa de juros do cartão de crédito rotativo alcançou 445% ao ano em março, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (30). O número representa uma leve alta em relação aos 442,5% registrados em fevereiro e mantém o crédito rotativo como uma das modalidades mais caras disponíveis no país.
O crédito rotativo é acionado quando o cliente não paga o valor total da fatura e entra automaticamente em uma linha de financiamento com juros altos. A modalidade também inclui os saques feitos com o cartão na função crédito. Caso o consumidor não quite a dívida no prazo de 30 dias, os bancos são obrigados a oferecer um parcelamento ou outra alternativa mais vantajosa, conforme as regras do Banco Central.
Desde 3 de março, uma nova norma do Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelece que os juros de novas operações no rotativo e no parcelado não podem ultrapassar 100% do valor original da dívida. Apesar da nova regra, a taxa média geral ainda reflete contratos antigos e o comportamento acumulado do mercado.
No caso do parcelamento do cartão, a taxa de juros passou de 181% para 181,1% ao ano. Com isso, a taxa total média de juros no cartão de crédito (considerando rotativo e parcelado) subiu de 84,1% para 85,8% ao ano em março.
Já no cheque especial, a taxa média de juros apresentou queda, recuando de 142,2% ao ano em fevereiro para 134,2% em março. Apesar da leve melhora, o custo desse tipo de crédito também segue elevado.
