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IPCA-15 fica em 0,51% em março

Prévia oficial da inflação desacelerou em relação ao mês passado, quando havia registrado alta de 0,57%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país – ficou em 0,51% em maio, 0,06 ponto percentual abaixo da taxa registrada em abril (0,57%), informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o indicador acumula alta de 3,12% e, em 12 meses, de 4,07%.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio. Os preços de Alimentos e bebidas tiveram influência de 0,20 ponto no índice geral e avançaram 0,94%, puxados pela alta na alimentação no domicílio (1,02%), com o leite longa vida (6,03%) exercendo o maior impacto positivo no mês (0,05 ponto), além de altas nos preços do tomate (18,82%), da batata-inglesa (6,60%) e do queijo (2,42%). No lado das quedas, os destaques foram o óleo de soja (-4,13%) e as frutas (-1,52%).

A alimentação fora do domicílio passou de 0,55% em abril para 0,73% em maio. O lanche avançou de 0,82% em abril para 1,08% em maio, enquanto a refeição (0,46%) registrou resultado inferior ao do mês anterior (0,52%). Também teve influência de 0,20 ponto o grupo Saúde e cuidados pessoais, que apresentou alta de 1,49%. Os produtos farmacêuticos tiveram alta de 2,68%, após autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março. Os itens de higiene pessoal tiveram aceleração de 0,35% em abril para 1,38% em maio, motivados, principalmente, pelos perfumes (2,21%).

No aumento de 0,43% do grupo Habitação, destaca-se a alta da energia elétrica residencial (0,51%), devido a reajustes aplicados em três áreas de abrangência do índice: em Salvador (5,82%), onde houve reajuste de 8,28% a partir de 22 de abril; em Fortaleza (2,20%), onde o reajuste de 4,85% foi aplicado a partir da mesma data; e em Recife (0,05%), onde o reajuste de 8,33% teve vigência a partir de 14 de maio.

A alta de 1,24% na taxa de água e esgoto pode ser entendida pelos reajustes aplicados em três áreas: de 7,02% em Goiânia (7,02%), a partir de 1º de abril, e que não havia sido incorporado no IPCA-15 de abril; de 11,20% em Recife (6,31%), a partir de 28 de abril; e 9,56% em São Paulo (1,79%), a partir de 10 de maio.

Já a variação de gás encanado (0,83%) é explicada pela apropriação residual do reajuste tarifário e pela mudança na forma de cobrança em Curitiba (6,80%), a partir de 1º de fevereiro, e que não havia sido incorporada no IPCA-15 de março. Além disso, houve redução tarifária de 0,59% no Rio de Janeiro (-0,27%), a partir de 1º de maio. Também registraram variação positiva no mês os grupos de Despesas pessoais (0,40%), Vestuário (0,35%), Educação (0,07%) e Comunicação (0,02%).

Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em maio. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,90%). A principal contribuição para o resultado veio do ônibus urbano, com alta de 24%. Já a menor variação foi observada em Recife (0,19%), influenciada pelas quedas de 18,25% nas passagens aéreas e de 3,46% na gasolina.

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