Elevação é puxada pelo avanço do PIB no primeiro trimestre deste ano
Em comunicado ao mercado divulgado nesta terça-feira (13), o Banco Inter projetou um crescimento de 2% para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023. Essa previsão se baseia no avanço de 1,9% registrado no primeiro trimestre deste ano. No entanto, a instituição ressalta que o crescimento marginal nos próximos trimestres pode se aproximar de zero ou até mesmo ser negativo.
A performance do PIB no primeiro trimestre é atribuída ao desempenho positivo do setor agrícola, que cresceu 21% nesse período e impulsionou outros setores, bem como à indústria extrativa, que também apresentou resultados positivos.
No entanto, o crescimento se concentrou em poucos setores voltados para a exportação, enquanto a demanda doméstica mostrou estagnação. O consumo das famílias teve um aumento de apenas 0,2% no trimestre.
De acordo com o relatório, a desaceleração do consumo é resultado da maior restrição ao crédito devido à alta taxa de juros, que afeta tanto o consumo das famílias quanto os investimentos.
Apesar disso, os resultados qualitativos do PIB, juntamente com as projeções de queda na inflação, estão aumentando as expectativas de cortes na taxa básica de juros (Selic) no segundo semestre.
“Esse cenário deve permitir o início do corte de juros já no segundo semestre, de forma mais acelerada do que o esperado anteriormente, o que poderá impulsionar a retomada do crescimento a partir de 2024”, destaca a análise.
A carta também menciona que, caso seja implementado, o novo marco fiscal trará maior previsibilidade para as contas públicas, permitindo taxas de juros mais baixas e um maior crescimento econômico.
“Além dos juros, avançar com a reforma tributária também pode trazer ganhos significativos de produtividade e possibilitar que o Brasil cresça em taxas superiores às observadas nas últimas décadas”, conclui o comunicado.