Dados indicam menor pressão inflacionária e reforçam expectativa sobre cortes de juros pelo Fed ainda em 2025
A inflação nos Estados Unidos desacelerou em fevereiro, com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrando alta de 0,2% na comparação mensal. O dado ficou abaixo da expectativa do mercado, que previa uma elevação de 0,3%. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação foi de 2,8%, também abaixo da projeção de 2,9%.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Bureau of Labor Statistics (BLS), órgão responsável pelas estatísticas do mercado de trabalho e inflação nos EUA. O resultado representa uma desaceleração em relação a janeiro, quando o CPI avançou 0,5% na base mensal.
O núcleo do índice, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, também registrou uma alta de 0,2% em fevereiro, ante 0,4% no mês anterior, e ficou aquém da projeção de 0,3%. Em termos anuais, o núcleo da inflação subiu 3,1%, ligeiramente abaixo da expectativa de 3,2%.
Setores e impactos
O setor de habitação foi o principal responsável pelo aumento do CPI em fevereiro, com uma alta de 0,3% e impacto significativo sobre o índice geral. A energia, por sua vez, subiu 0,2% na base mensal, mas apresentou queda de 0,2% no acumulado de 12 meses. O setor de alimentos também registrou alta de 0,2% em fevereiro, com crescimento anualizado de 2,6%.
Próximos passos do Federal Reserve
Com a inflação mostrando sinais de moderação, o Federal Reserve (Fed) pode ganhar espaço para iniciar cortes na taxa de juros ainda neste ano. Atualmente, a taxa básica de juros dos EUA está no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano, mantida na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), em 29 de janeiro.
O mercado agora aguarda a próxima reunião do Fomc, marcada para os dias 18 e 19 de março, quando o banco central americano avaliará novamente o cenário econômico e possíveis ajustes na política monetária.