Após queda no início do ano, taxa no estado atinge 2,82%, mas segue abaixo da média nacional de 3,15%; imóveis comerciais lideram índices de atraso
A taxa de inadimplência de aluguel em São Paulo apresentou alta em abril, após ter registrado o menor índice dos últimos sete meses em março. Segundo o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, o índice passou de 2,71% para 2,82%, uma variação de 0,11 ponto percentual.
Apesar da alta, a inadimplência no estado segue abaixo da média nacional, que ficou em 3,15% no mesmo período. Na comparação anual, houve recuo: em abril de 2024, o índice era de 3,22%, o que representa uma queda de 0,4 ponto percentual.
A plataforma Superlógica, de soluções financeiras e tecnológicas para os mercados condominial e imobiliário, destaca que o cenário econômico atual segue impactando a capacidade de pagamento das famílias brasileiras.
“A oscilação registrada nos primeiros meses do ano mostra que os brasileiros enfrentam desafios econômicos, mas ainda assim priorizam manter contas essenciais em dia. O avanço da inflação e possíveis aumentos nas taxas de juros são fatores de atenção nos próximos meses”, afirma Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica.
Entre as regiões do país, o Nordeste lidera a inadimplência locatícia com 4,55%, seguido pelo Norte (4,45%), Centro-Oeste (3,12%), Sudeste (2,94%) e Sul (2,50%).
Diferença por tipo de imóvel
Na região Sudeste, os apartamentos mantiveram estabilidade em abril, com taxa de inadimplência de 2,03%, abaixo da média nacional de 2,08%. Já a inadimplência em casas subiu de 3,34% para 3,41%, mas também segue inferior à média nacional de 3,48%.
Os imóveis comerciais registraram a maior taxa entre os tipos, com 4,08% em abril, aumento em relação aos 3,87% de março. A média nacional nesse segmento foi de 4,33%.
Faixas de aluguel
O levantamento também revelou diferenças importantes nas faixas de valor do aluguel. Entre imóveis residenciais, a maior inadimplência foi registrada em aluguéis acima de R$ 13 mil (5,42%). A menor foi entre os aluguéis de R$ 2 mil a R$ 5 mil, com 1,80%.
Nos imóveis comerciais, a faixa com maior inadimplência foi a de até R$ 1.000,00 (6,87%), enquanto a menor taxa ficou na faixa de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00 (3,70%).