A equipe econômica do governo Jair Bolsonaro estuda mudanças no seguro-desemprego como uma das alternativas para levantar recursos para a implantação do Renda Brasil, programa de distribuição de renda que o Planalto quer lançar em substituição ao Bolsa Família. A informação foi dada pelo secretário Especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues (imagem), ao portal G1. São analisados duas possibilidades. A primeira é aumentar o tempo mínimo de serviço para que o trabalhador tenha direito ao benefício – atualmente são necessários 12 meses no emprego para ter acesso ao seguro-desemprego. A outra é a redução do número de parcelas pagas – hoje são entre três e cinco.
O secretário já havia comentado sobre a possibilidade de congelar aposentadorias e pensões do servidores públicos por dois anos para viabilizar o Renda Mínima. As alternativas, por enquanto, estão apenas na fase de estudos. Nos cálculos do Ministério da Economia, as medidas poderiam poupar R$ 17 bilhões no primeiro ano e R$ 41,5 bilhões no segundo. Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro suspendeu temporariamente as discussões sobre a implantação do novo benefício social depois que o Ministério da Economia propôs cortes em outros programas para financiar o projeto, como o do abono salarial. “Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos”, disse o presidente na ocasião.