Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o ano começou com mais famílias endividadas no Brasil. O percentual de consumidores com dívidas atingiu o patamar de 66,5% em janeiro de 2021, um aumento de 0,2% em relação ao mês anterior e de 1,2% na comparação com janeiro de 2020. A pesquisa leva em conta dívidas como cartão de crédito, cheque especial, empréstimo pessoal, prestações de casa e carro, carnês, crédito consignado. A sondagem de janeiro aponta ainda que o total de famílias com contas em atraso caiu pelo quinto mês seguido, alcançando o índice de 24,8%. A parcela de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas também diminuiu em relação a dezembro, passando para 10,9%. Segundo a CNC, a principal modalidade de endividamento segue sendo o cartão de crédito, que em janeiro atingiu a máxima histórica de 80,5% do total de famílias – contra 79,4% em dezembro. Em 2020, o percentual médio de famílias endividadas no cartão foi de 78%. “Com o fim do auxílio e o atraso no calendário de vacinação, as famílias de menor renda precisarão adotar maior rigor na organização do orçamento. Essa conjuntura faz o crédito ter papel ainda mais importante na recomposição da renda. É preciso seguir ampliando o acesso aos recursos com custos mais baixos, mas também alongar os prazos de pagamento das dívidas para manter a inadimplência sob controle”, alertou Izis Ferreira, economista responsável pela pesquisa.