O aumento de 4,52% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020 levou a uma defasagem acumulada de 113,09% da tabela do Imposto de Renda (IR), em relação à inflação nos últimos 24 anos. Entre 1996 e 2020, período considerado no estudo e quando começou a circular o real, a variação do IPCA somou 346,69%, superando reajustes nas faixas de cobrança do IR, que ficaram em 109,63%, resultando na defasagem de 113,09%, aponta o cálculo do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).
Vale lembrar que a correção da tabela foi uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Só recentemente ele afirmou não poder cumprir esta promessa, pois o Brasil estaria “quebrado”. O Ministério da Economia estuda incluir mudanças no IR nas próximas etapas da reforma tributária, como o aumento no limite de isenção e a limitação das deduções (saúde, educação e dependentes). Extinta em 1996, a volta da tributação sobre lucros e dividendos está sendo considerada.