Variação no índice indica leve desaceleração mensal, mas aceleração no acumulado de 12 meses; Pernambuco lidera alta regional com 2,88%
O custo da construção civil no Brasil registrou uma alta de 0,43% em maio, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi). O resultado representa uma leve desaceleração em relação ao mês anterior, quando o índice ficou em 0,46%. No entanto, o acumulado dos últimos 12 meses mostra uma aceleração, atingindo 5,01% — acima dos 4,74% registrados até abril. Em maio do ano passado, a alta havia sido de apenas 0,17%.
O custo nacional da construção por metro quadrado alcançou R$ 1.826,53 em maio, contra R$ 1.818,64 em abril. Desse total, R$ 1.051,98 referem-se aos materiais e R$ 774,55 à mão de obra.
A alta nos preços dos materiais foi o principal fator de pressão sobre o índice, com avanço de 0,51% no mês, aumento de 0,2 ponto percentual frente a abril (0,31%) e de 0,56 ponto percentual em relação a maio de 2024, quando havia sido registrada deflação de 0,05%.
Já a mão de obra teve aumento de 0,33% em maio, uma desaceleração significativa em relação a abril (0,68%) e também inferior à variação registrada no mesmo mês do ano anterior (0,46%). O resultado foi influenciado por apenas um acordo coletivo captado no período.
No acumulado de janeiro a maio deste ano, os custos com materiais subiram 1,65%, enquanto os com mão de obra aumentaram 2,50%. Nos últimos 12 meses, os materiais acumularam alta de 4,50% e a mão de obra, de 5,75%.
Nordeste lidera aumentos regionais
A Região Nordeste apresentou a maior variação mensal entre todas as regiões, com alta de 0,77%. O avanço foi impulsionado por aumentos em todos os estados e pela celebração de um novo acordo coletivo em Pernambuco — estado que liderou o ranking nacional com variação de 2,88% em maio, reflexo tanto do reajuste nos preços dos materiais quanto do impacto do acordo trabalhista.
As demais regiões apresentaram os seguintes resultados:
- Norte: 0,25%
- Sudeste: 0,32%
- Sul: 0,33%
- Centro-Oeste: 0,18%