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Confiança do comércio sobe 2,4% em fevereiro

É a segunda alta seguida do índice

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 2,4% em fevereiro em relação a janeiro, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este é o segundo mês consecutivo de alta, mas o indicador ainda está 4,9% abaixo do mesmo período do ano passado.

O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, destaca que a melhora na confiança do comércio se deve à percepção de um ambiente econômico mais favorável. “A avaliação das condições atuais da economia melhorou em todos os componentes do Icec, com destaque para a economia e o setor”, afirma.

No entanto, Tavares pondera que o otimismo ainda é cauteloso. “Os comerciantes ainda enfrentam desafios como a inadimplência, as taxas de juros elevadas e a retração do consumo”, explica.

Expectativas positivas para o futuro

Apesar dos desafios, as expectativas dos comerciantes para o futuro são positivas. O Icec-Expectativas subiu 1,8% em fevereiro, na comparação com janeiro. “A melhora nas expectativas é um sinal de que os comerciantes acreditam que a economia continuará a melhorar nos próximos meses”, diz Tavares.

Investimentos em foco

As intenções de investimento também apresentaram crescimento em fevereiro, com alta de 0,8%. O destaque ficou por conta dos investimentos em empresa (1,9%) e na contratação de funcionários (1,0%).

No entanto, os investimentos em estoques recuaram 0,8%. “Isso pode ser explicado pela cautela dos comerciantes diante da inadimplência e das taxas de juros elevadas”, analisa Tavares.

Desafios para o setor

A inadimplência das empresas é um dos principais desafios que o comércio enfrenta atualmente. A taxa de inadimplência subiu de 2% em dezembro de 2022 para 3,5% em dezembro de 2023, o que dificulta o acesso ao crédito.

As taxas de juros para pessoa jurídica também são um desafio para o setor. Apesar da queda em relação ao ano passado, as taxas ainda estão elevadas, o que dificulta os investimentos.

Consumo das famílias em retração

A retração do consumo das famílias é outro desafio para o comércio. A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também apurada pela CNC, revela que as famílias estão mais preocupadas com a organização do orçamento e que a perspectiva para consumir está em declínio.

Destaques por segmento

A confiança do comércio de produtos de primeira necessidade foi a que mais cresceu em fevereiro, com alta de 4,2%. O setor de semiduráveis teve um aumento de 0,9% na confiança, enquanto o setor de bens duráveis registrou uma elevação de 2,3%.

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