Apesar do leve recuo, maior parcela das empresas mantém-se otimista com a demanda futura e sinaliza aumento das contratações nos próximos meses
O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 0,3 ponto em maio, para 93,3 pontos, menor nível desde junho de 2021 (92,3 pontos). Na média móvel trimestral, o índice também cedeu 0,3 ponto. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) nesta terça-feira (27).
“É importante destacar que uma maior parcela das empresas da construção mantém-se otimista com a demanda futura e sinaliza aumento das contratações de pessoal nos próximos meses. No entanto, o otimismo tem arrefecido e as dificuldades com o ambiente de negócios continuam evoluindo de forma negativa, mantendo a confiança no terreno do pessimismo moderado. Assim, a despeito das projeções de crescimento dos investimentos na infraestrutura e no mercado imobiliário, tem pesado mais o cenário adverso de alta dos juros, dos custos e, principalmente, das incertezas”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
Em maio, a confiança da construção foi influenciada pelo momento atual e pelas perspectivas. O Índice de Situação Atual caiu 0,4 ponto, para 92,2, menor nível desde fevereiro de 2022 (91,4 pontos). O Índice de Expectativas diminuiu 0,2 ponto, para 94,6 pontos, menor nível desde janeiro deste ano (94,2 pontos).
Entre os componentes do ISA-CST tivemos variações opostas. O indicador de situação atual dos negócios recuou 1,8 ponto, alcançando 91,2 pontos, enquanto o indicador de volume de carteira de contratos avançou 1,0 ponto, para 93,2 pontos. No IE-CST também ocorreu variações contrárias nos seus componentes: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses retraiu de 1,1 ponto, para 95,9 pontos, por outro lado, o indicador de tendência dos negócios subiu 0,7 ponto, atingindo 93,3 pontos.
O Nuci da Construção aumentou 0,8 ponto percentual, chegando aos 79,5%. O Nucis de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos avançaram 0,9 e 0,4 ponto percentual, para 81,0% e 73,6%, respectivamente.
(FGV)