O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), informado nesta quarta-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas, subiu 11,6 pontos em abril, ao passar de 72,5 para 84,1 pontos – em uma escala de zero a 200 pontos. O salto foi puxado pela redução do pessimismo com o presente e pela melhora das perspectivas sobre os rumos dos negócios. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 5,7 pontos, para 81,6 pontos; enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) aumentou 17,1 pontos, para 87,3 pontos.
“O resultado positivo de abril é preciso ser visto com cautela. Mesmo tendo sido aparentemente expressivo, ele apenas compensa parte da intensa queda ocorrida em março. O nível dos indicadores sobre o momento presente ainda estão baixos e indicam que a demanda no mês continuou fraca. Pelo lado das expectativas o nível do indicador é um pouco mais alto, mas a interpretação é de redução no pessimismo. Os números negativos da pandemia, as medidas restritivas de circulação e funcionamento e a baixa confiança dos consumidores sugerem que esse cenário só deve mudar quando aparecem os efeitos positivos do programa de vacinação”, destacou Rodolpho Tobler, coordenador da sondagem.
A FGV também divulgou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que subiu 4,3 pontos em abril, para 72,5 pontos – compensando 44% da queda sofrida no mês anterior. A percepção dos consumidores sobre o momento ficou estável após atingir o mínimo da série em março. Já a avaliação em relação ao futuro ficou menos pessimista. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,5 ponto, para 64,5 pontos; enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 6,7 pontos, para 79,2 pontos.
“A melhora foi influenciada pela diminuição do pessimismo das famílias em relação aos próximos meses, mas sem nenhuma percepção de recuperação da situação atual dado o cenário de agravamento da pandemia e dificuldades enfrentadas pelas famílias. O comportamento cauteloso dos consumidores vêm sendo mantido em relação aos gastos, fato justificado por fatores econômicos como: renda, emprego e aumento dos níveis de endividamento, mas também psicológicos, relacionadas à incerteza em relação à saúde e a necessidade de isolamento social”, apontou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens da FGV.