Um ranking de mobilidade social divulgado no Fórum Econômico Mundial revela que o Brasil está na 60ª posição entre 82 países estudados, ou seja, o país é um dos mais difíceis do mundo para se ascender socialmente. A título de comparação, o brasileiro pobre demora até nove gerações para atingir a renda média do país, enquanto na Dinamarca, por exemplo, a ascensão social pode acontecer em duas gerações.
O índice global de mobilidade social considera 10 pilares:
- Qualidade e equidade da educação
- Acesso à educação
- Saúde
- Instituições inclusivas
- Proteção social
- Condições de trabalho
- Distribuição justa de salários
- Oportunidades de trabalho
- Acesso à tecnologia
- Aprendizado ao longo da vida
Em uma escala que vai até 100, a nota do Brasil foi 52,1. Dos fatores considerados, a pior nota do Brasil foi em “distribuição justa de salários”. Segundo o estudo, falta “educação de qualidade para os mais pobres, uma renda que permita a funcionalidade familiar em domicílios de extrema pobreza, oportunidades de empregos de qualidade em todas as regiões e o fim da discriminação de gênero e cor/raça, tanto no mercado de trabalho quanto nas normas sociais”.
Os países com melhores classificações neste ranking são os escandinavos Finlândia, Noruega, Suécia, Dinamarca e Islândia.
Entre as economias do G7, a Alemanha é a campeã, no 11º lugar, seguida pela França em 12º.
Nos BRICS, a Rússia segura a 39ª colocação, seguida da China, na 45ª posição, Brasil em 60ª, Índia na 76ª posição e África do Sul em 77ª.