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Bill Ackman prevê corte de juros nos EUA até maio

O fundador da Pershing Square percebe um enfraquecimento na economia americana, com atividade e mercado de trabalho em declínio

Durante evento promovido pelo BTG Pactual, a CEO Conference Brasil 2024, Bill Ackman, fundador da Pershing Square e gestor do 9º mais rentável grande fundo americano de 2023, expressou preocupações sobre a economia dos Estados Unidos. Ele afirmou que mesmo com dados recentes positivos, a economia e o mercado de trabalho do país estão enfraquecendo: “Os juros têm de cair, seja em março ou maio, o Fed vai ter de começar a reduzir os juros logo, senão vamos ter uma recessão real”.

Ackman enfatizou que o futuro da economia americana depende das medidas que o Fed, do banco central dos EUA, tomar. E alertou: uma recessão estaria intimamente ligada às decisões da instituição que dita os rumos da política financeira do país.

Ele observou que há sinais de enfraquecimento, especialmente no mercado de trabalho. “Muitas empresas de tecnologia estão demitindo. Dados do mercado de trabalho em janeiro não são muito confiáveis. Há muitos ajustes sazonais. Por isso, acredito que em março ou maio devemos ter corte de juros nos EUA”, ressaltou.

O fundador da Pershing Square também comentou sobre a gestão da inflação pelo Fed, mencionando que, após um período de inflação elevada em 2022, o presidente do Fed, Jerome Powell, reverteu o curso e aumentou as taxas de juros de forma agressiva. Ele reconheceu os méritos dessas ações, destacando que a inflação medida pelo índice PCE retornou ao patamar próximo à meta de 2%.

Déficit fiscal

Sobre o déficit fiscal, Ackman expressou preocupação com o crescente endividamento dos EUA, comparando-o a um país irresponsável. “Na época do presidente Clinton a divida estava sendo paga rapidamente e quem olhava para investimentos de renda fixa pensava que ia ficar sem emprego. Agora não há essa preocupação nem do Biden nem de Trump, que aumentaram essa divida”, afirmou.

Mas um déficit de trilhões de dólares é um perigo real para o país, aponta. “Há desperdício do governo, muitas coisas atrapalham o crescimento da economia e eu não emprestaria dinheiro ao governo no longo prazo a taxa de 4,5%. Precisamos de lideranças melhores, mas, se eu fosse apostar, daria 70% de chance de vitória para Trump”.

China e Oriente médio

Em relação à China, Ackman expressou um viés pessimista, citando a perda de confiança nos líderes empresariais americanos e a saída de capital do país asiático. “Quando um governo começa a atacar pessoas bem sucedidas no seu país outras pessoas bem sucedidas não vão querer ficar. Atualmente todos os líderes empresariais nos EUA não querem ter sua cadeia na China ou depender dela para a sua produção. E a China não tem mais uma estrutura de custo tão competitiva”.

Ackman também abordou a situação no Oriente Médio, descrevendo-a como um barril de pólvora. Ele mencionou o aumento dos preços do frete devido aos bombardeios no Mar Vermelho e expressou preocupação com a possibilidade de um conflito mais amplo envolvendo o Irã.

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