Pesquisar
PATROCINADORES
PATROCINADORES

Biden quer estreitar laços com o Brasil, apesar de Bolsonaro

Após a diplomacia partidária pró-Donald Trump do governo de Jair Bolsonaro, o presidente democrata Joe Biden (imagem) parece disposto em deixar de lado o que ocorreu nas eleições de 2020 – pelo menos por hora. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que Biden pretende continuar fortalecendo os laços econômicos e comerciais com o Brasil. Porém, continuará acompanhando as políticas de preservação ambiental e de direitos humanos do país. O novo governo dos Estados Unidos deixou claro não ficará quieto quando houver diferenças com Bolsonaro.

A decisão é um alívio para os investidores e para o Planalto. Ao tomar posição contra a vitória de Biden, corroborando fake news sobre fraudes nas eleições, o relacionamento institucional com os EUA parecia muito prejudicado. “Somos de longe o maior investidor no Brasil”, afirmou Psaki. De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em 2018, último ano para o qual há dados disponíveis, os EUA foram colocaram 134,1 bilhões de dólares no Brasil. Já os investimentos brasileiros nos EUA cresceram 356% entre 2008 e 2017, alcançando 42,8 bilhões de dólares em 2017.

Na segunda-feira (8), empresários e representantes setoriais de ambos os países divulgaram uma carta pedindo que os presidentes dessem ênfase na agenda bilateral. Um dos pontos fundamentais é a manutenção do apoio americano no ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que contava com o aval nominal de Trump.

Vale destacar que o Brasil é o principal parceiro regional e exerce influência nos demais países nos campos econômico e diplomático. A estratégia americana parece incluir o Brasil para criar um contrapeso à influência chinesa na América do Sul. Pequim é de suma importância à balança comercial da região e, consequentemente, tem prestígio político também. Vale destacar que há algum risco, já que a China é o principal parceiro comercial do Brasil, responsável direto pelo superávit comercial com as exportações de commodities agrícolas. Além disso, a China vem estreitando relações com a Argentina, Chile e Uruguai desde o início da disputa comercial com os EUA, em 2018.

Compartilhe

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

©2017-2020 Money Report. Todos os direitos reservados. Money Report preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe.