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Barômetros Globais caem em junho

Resultado foi motivado tanto pela piora das percepções sobre a situação atual quanto pelas expectativas nas regiões da Ásia, Pacífico & África e Europa

Após três meses de relativa estabilidade, os Barômetros Globais caem em junho, refletindo as dificuldades do processo de recuperação da atividade econômica mundial em 2023. A queda foi influenciada pela piora do ambiente econômico nas regiões da Ásia, Pacífico & África e Europa. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (12) pela Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE).

Os Barômetros Econômicos Globais Coincidente e Antecedente caem 1,4 e 3,3 pontos em junho de 2023, passando a 83,9 e 91,7 pontos, respectivamente. O resultado foi motivado pela piora tanto das percepções sobre a situação atual quanto das expectativas nas regiões da Ásia, Pacífico & África e Europa. Após esboçarem uma recuperação mais consistente em fevereiro e março, os indicadores estabilizaram nos dois meses anteriores e agora se afastam da média histórica de 100 pontos.

“A gente expectativa de retomada mais robusta no nível de atividade após o abrandamento das restrições sanitárias na China no início do ano vem sendo frustrada pela resiliência de desafios à economia mundial. A persistência do processo inflacionário, a continuidade do conflito armado na Europa e restrições de crédito decorrentes de problemas no setor bancário norte-americano já se fazem sentir no desempenho do Barômetro Global Coincidente, assim como geram expectativas de desaceleração adicional ao longo do segundo semestre do ano, o que por sua vez explica o resultado do Barômetro Antecedente em junho”, avalia Paulo Picchetti, pesquisador do FGV IBRE.

Barômetro Coincidente

Em junho, a região da Ásia, Pacífico & África e da Europa contribuem negativamente com 1,1 e 0,5 ponto, respectivamente, para a queda do indicador Coincidente, enquanto o Hemisfério Ocidental contribui com 0,2 ponto positivo. Os três indicadores parecem encontrar certa resistência de alta, refletindo o ritmo ainda moderado de recuperação da economia mundial, influenciado pelos efeitos do aperto monetário generalizado e da incerteza quanto ao ritmo de crescimento economia chinesa. O gráfico abaixo ilustra a contribuição de cada região para a distância do Barômetro Coincidente em relação aos 100 pontos. 
Todos os indicadores setoriais coincidentes caem no mês, à exceção do setor da Construção que, apesar disso, continua apresentando o menor nível entre eles. 

Barômetro Antecedente

O Barômetro Global Antecedente antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial entre três e seis meses. Em junho de 2023, assim como ocorre no Coincidente, as regiões da Ásia, Pacífico & África e Europa contribuem negativamente, em 3,2 e 1,3 pontos, para o resultado. O Hemisfério Ocidental contribui em sentido contrário, com 1,2 ponto. Com duas fortes quedas seguidas, o indicador antecedente da Europa tem o menor nível entre as regiões, algo que não acontecia desde março deste ano. O nível dos indicadores, no geral, sugere expectativas mais pessimistas para a atividade na Europa e no Hemisfério Ocidental – motivadas pelo quadro de inflação e a alta taxa de juros – e moderadas para o crescimento econômico na região da Ásia, Pacífico & África.

Os indicadores setoriais antecedentes seguem o mesmo desenho dos setoriais coincidentes, com quedas em todos os setores, exceto na Construção, que registra alta de 10,2 pontos no mês. Economia (avaliações dos consumidores e agregadas empresariais) mantém o maior nível entre os setores desde março deste ano e Serviços, o menor nível, sendo o único abaixo dos 90 pontos.

(FGV)

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