Depois que o jornal Folha de S.Paulo revelou, a partir de dados do governo paulista, desde dezembro do ano anterior, as vítimas de 202 crimes registrados no estado, relataram o uso do Pix por parte dos criminosos, os bancos cobram o Banco Central por uma maior flexibilização das regras por parte das instituições, para que eles possam dificultar a ação, aponta uma reportagem da Folha nesta sexta-feira (27).
O Pix, pela praticidade, facilitou a aplicação de golpes e transferências durante sequestros. Agora, as instituições bancárias querem obter liberdade de aplicação de limite de transferência dentro do sistema, algo dificultado pelo BC. Atualmente, o banco precisa oferecer mesmo limite concedido para Transferência Eletrônica Disponível (TED). O cliente pode, a partir desse valor, pedir para aumentar ou para diminuir esse teto, mas o banco não pode tomar a iniciativa. Além disso, a liquidação da TED, quando o dinheiro cai na conta do recebedor, é feita em até 20 minutos em horário comercial, enquanto a do Pix é feita na hora. Os bancos querem que o limite seja negociado por canal de transação, ou seja, com valores diferentes para operações feitas pelo celular, pelo computador ou caixa eletrônico – e ajustado por horário. Dessa forma, a instituição pode determinar que a quantia máxima seja menor de madrugada.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que está contribuindo com o BC para aprimorar os regulamentos do produto com a implementação de funcionalidades que tragam uma melhor percepção por parte dos clientes e usuários. O BC ainda não se manifestou.