Em valores atualizados pela inflação, resultado somou R$ 2,7 trilhões em 2024, com aumento de 9,6% frente ao ano anterior
Embalada pelos aumentos de impostos propostos pelo governo e aprovados pelo Congresso Nacional, a arrecadação federal bateu recorde histórico em 2024. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (28) pela Receita, o total arrecadado no último ano em impostos e contribuições federais foi de R$ 2,65 trilhões, um aumento real de 9,6% contra o ano anterior.
Em valores corrigidos pela variação dos preços, a arrecadação totalizou R$ 2,7 trilhões no ano passado, contra R$ 2,47 trilhões em 2023. O resultado ocorre após o governo ter adotado uma série de medidas, algumas delas aprovadas no Congresso, como:
- Tributação de fundos exclusivos (offshores);
- Mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados;
- Aumento de impostos sobre combustíveis feito em 2023 e mantido em 2024;
- Retomada do voto de confiança no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf);
- Limitação no pagamento de precatórios.
Segundo a Receita , a tributação de fundos exclusivos gerou um aumento de R$ 13 bilhões na arrecadação no ano passado, enquanto a atualização do IRRF sobre offshores contribuiu com outros R$ 7,67 bilhões. Houve, ainda, o ingresso de R$ 4 bilhões em IRPJ e CSLL, considerados “atípicos”, contra R$ 5 bilhões em 2023. Além das medidas de aumento de impostos, o Fisco argumenta que o crescimento da economia também contribuiu para a arrecadação recorde de 2024.